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O Instituto Alok e o Pacto Global da ONU no Brasil realizaram em Nova York O Futuro é Ancestral, encontro que ocorreu em 16 de setembro no prédio da Organização das Nações Unidas, em NY, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. No evento, empresas, instituições e especialistas irão compor um painel de diálogo sobre como a indústria do entretenimento pode contribuir para a ressignificação do imaginário sobre a identidade dos povos originários e sua importância para a co-criação de um futuro justo e sustentável, no contexto das soluções para a crise climática – um dos principais desafios do nosso tempo.

No topo da agenda global

Na programação, o artista Alok gravou uma performance no rooftop do edifício da ONU, ao lado dos artistas indígenas Mapu Huni Kuî, Owerá MC e Grupo Yawanawa, que participam do álbum ‘O Futuro é Ancestral’, a ser lançado globalmente no próximo ano, com todo o lucro revertido para os artistas indígenas.

O conteúdo está sendo levado ao mundo, no intuito de evidenciar a urgência da promoção e defesa dos direitos dos povos indígenas de ocuparem múltiplos territórios na sociedade contemporânea. Enquanto isso, os bastidores e processo criativo serão filmados pela produtora de entretenimento de impacto Maria Farinha Filmes, como parte de um documentário que investiga a potência do encontro entre Alok e os diversos grupos indígenas desde o início da criação do álbum – obra inédita na carreira do artista.

Alok, artista e presidente do Instituto Alok, diz:

“Levar a sabedoria ancestral da floresta ao mundo faz parte não apenas dos meus objetivos artísticos, mas dos meus princípios como cidadão. Desde que tive contato com a cultura dos povos originários, entendi a importância da preservação e disseminação de seus conhecimentos e de desconstruirmos conceitos, crenças e narrativas que contaminam a visão que adultos e jovens do meu país, e de todo o mundo, têm sobre os indígenas. O futuro pode ser tecnológico e sustentável, mas para isso precisamos ouvir a voz da floresta e co-criar as soluções juntos com essas vozes.”

A ação é apoiada pelo Greenpeace, ONG que tem como uma de suas pautas a importância da presença dos povos indígenas em discussões pela proteção do clima e do meio ambiente. Carolina Pasquali, Diretora Executiva do Greenpeace Brasil, destaca:

“Os povos indígenas vêm vivendo em harmonia com a floresta há milhares de anos. Sua cultura e conhecimento ancestral são essenciais para a garantia de um planeta sustentável e justo para todos. Por isso, precisamos trabalhar juntos para garantir que os povos originários participem ativamente das discussões e das tomadas de decisão, tanto no âmbito nacional quanto no global.”  

Logo após o painel na sede da ONU, o Instituto Alok e o Pacto Global assinaram parceria com o intuito de buscarem conjuntamente a criação do Fundo Ancestrais do Futuro, para apoio a produção de cinema, música, games e Web3 protagonizada pelos próprios indígenas, e a projetos baseados no uso de tecnologia para o bem-estar dos povos da floresta e a preservação da biodiversidade.

O Fundo convida empresas e organizações do terceiro setor, além de indivíduos, a contribuírem para a criação de uma plataforma em que todos possam trabalhar em conjunto para o fortalecimento da identidade indígena na sociedade, ampliando o repertório sobre essas culturas e estabelecendo uma nova compreensão sobre a sua importância para o futuro planetário. Owerá MC diz:

“Desde 1500, com a chegada dos portugueses, há um preconceito enorme contra a gente, com os povos indígenas, falam que o indígena, quando usa o rap, ele perdeu a sua cultura. E, quando a gente mostra a nossa cultura, falam que o indigena é selvagem. Mas a gente vai continuar seguindo, mostrando nossa cultura, nossa arte e nossa tecnologia, que também é a nossa cultura!”

O Pacto Global da ONU no Brasil, é uma entidade que tem o fundamental papel de chamar o setor privado à ação, por meio de compromissos públicos em sustentabilidade, em torno de um planeta mais saudável. Carlo Pereira, CEO do Pacto Global no Brasil, explica:

“Vivemos na era do capitalismo de stakeholders, em que não é mais possível separar os valores de uma empresa do valor de mercado. A sociedade está cobrando. Cada um tem que se responsabilizar e fazer a sua parte. É preciso agir, e agir agora, para que a gente consiga atingir os objetivos da Agenda 2030. É a única saída possível.”

Para Devam Bhaskar, diretor do Instituto Alok:

“Desconstruir a visão colonizadora sobre os povos indígenas está na base das urgências relacionadas ao respeito aos direitos humanos e à preservação e regeneração da natureza”.

O Instituto Alok realiza ações sócio culturais em vários pilares como empreendedorismo, gastronomia social e desenvolvimento humano, além de vários projetos com os povos indígenas.

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