É da nossa natureza gostar de falar, e as redes sociais só ampliaram esse prazer do ser humano, dando a todo mundo a oportunidade de se manifestar sobre os mais diversos assuntos. Mas, o que mais aprendi na minha trajetória profissional, especialmente após a criação da Cross Networking, foi que escutar e observar são ações essenciais, principalmente quando envolve negócios e a solução de problemas.
É tempo de folia, festa que mobiliza milhões de pessoas e centenas de marcas. O mesmo cenário que para uns é a tradução do melhor entretenimento, para outros significa um espaço para grandes negócios.
Como eu já disse nesta seção sobre a ressignificação de collab e o conceito de crossability, as cobiçadas camisetas-convite para o Camarote Nº1, no tempo em que ainda era conhecido como Camarote da Brahma, surgiram da observação e do entendimento do quanto duas ou mais marcas poderiam se ajudar quando unidas sob o mesmo chapéu.
Ao notar a resistência dos convidados em adotar o figurino, procurei um nome forte da moda para valorizar as peças com a assinatura de uma grife de peso: a Rosa Chá, que na época era capitaneada por seu fundador Amir Slama. De quebra, a autoria agregaria à marca o valor gerado por todo aquele interesse sobre o evento. Resumo da ópera: todo mundo saiu ganhando e aquele case se tornou modelo para a longevidade do sucesso do Camarote e de sua expansão para além da Sapucaí e do calendário da festa.
Esse movimento forma uma tríade. A meu ver, quem faz o elo entre as marcas precisa também entender quais são as principais necessidades do público a ser atendido no universo em que elas convergem. Neste Carnaval, vamos expandir ainda mais a marca Nº1 para uma linha de produtos exclusivos, toda pensada para satisfazer os convidados do Camarote, não só no momento da folia, mas ao longo do ano todo.
São ações não perecíveis que nos interessam, como itens que marquem presença no dia a dia das pessoas, seja qual for a circunstância.
Hoje, carregar celular e cartão com segurança em meio aos foliões é uma preocupação tão grande ou maior que a fantasia a ser usada, mas a bolsinha da Brizza que contempla essa questão e agora carrega o selo Nº1 certamente será adotada para outras ocasiões. Essa foi uma das alianças amarradas pela Cross Networking em função do Carnaval da vez, mas não só para a efeméride. A folia funciona como pretexto para registrar o produto e as marcas envolvidas na memória do consumidor, já que aquilo lhe será útil.
Faz parte do meu trabalho pensar sobre a experiência de todos os envolvidos nessa equação. Quem não gosta de ver um patrocinador sorrindo? É satisfatório para todo mundo constatar que um investimento agrega valor à marca e faz com que ela se aproxime ainda mais do público. Investir só para se gabar disso e traçar parcerias apenas como entendimento de mera soma, convém avisar, não produz efeito.
Personalizar é preciso, sem jamais deixar de acompanhar um processo de transformação constantemente suscetível à rapidez da comunicação.
Bom Carnaval a todos!
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do veículo
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