Como Enfrentar Momentos de Juros Altos e Proteger Seu Negócio
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Após a evolução rápida dos robôs e das inteligências artificiais, parece que a humanidade quer um freio. Não é de hoje que falo sobre as inteligências artificiais. Já escrevi inúmeros…
Adnews
11.05.2023
Após a evolução rápida dos robôs e das inteligências artificiais, parece que a humanidade quer um freio.
Não é de hoje que falo sobre as inteligências artificiais. Já escrevi inúmeros artigos sobre esse tema, o mais recente foi intitulado “Nenhum emprego está a salvo das Inteligências Artificiais?”, que você pode conferir clicando aqui. Em todos esses artigos, é espantoso que cada vez mais a ficção que assistíamos nos filmes, desenhos e séries, desde os anos 60, esteja cada vez mais próxima da realidade.
Porém, todo esse avanço, principalmente na área da Inteligência Artificial, começou a preocupar a humanidade. No dia 22 de março de 2023, foi publicada uma “carta aberta”, intitulada “Pause Giant AI Experiments”, (na tradução livre, Pause experimentos gigantes de IA), com a seguinte recomendação: “Pedimos a todos os laboratórios de IA que parem imediatamente, por pelo menos seis meses, o treinamento de sistemas de IA mais poderosos que o GPT-4”, e o seguinte argumento: “Os sistemas de IA com inteligência competitiva humana podem representar riscos profundos para a sociedade e a humanidade”. Ela já conta com mais de 27 mil assinaturas, e se destacam muitas pessoas ligadas à área de tecnologia.
A carta foi publicada na instituição sem fins lucrativos “Future of Life Institute”, estabelecida em 2015, com a missão de conduzir a tecnologia transformadora para beneficiar a vida, longe de riscos extremos em grande escala, tendo como seu principal financiador a Musk Foundation. Você pode ver a carta na íntegra (em inglês), assim como as assinaturas clicando aqui.
Essa carta chamou a atenção por ter nomes muito conhecidos, como:
Estes são apenas alguns nomes que destaquei por serem cofundadores ou CEOs de empresas de tecnologia muito conhecidas na mídia por seus trabalhos, e até mesmo políticos.
Após essa carta, coincidência ou não, muitos países começaram a pensar em regulamentações para a área de inteligência artificial. E devido a sua fama o foco tem sido no “ChatGPT”, por ser a ferramenta mais popular dessa revolução das inteligências artificiais.
Na China, por exemplo, mesmo o ChatGPT não estando disponível no país, ele tem sido tema de várias discussões sobre a área de inteligência artificial, inclusive gigantes chinesas da tecnologia estão fazendo uma corrida para lançar a própria inteligência para concorrer com o robô americano.
O governo chinês pretende adotar um sistema de “avaliação de segurança” para todas as ferramentas de inteligências artificiais. De acordo com o projeto, as IA vão passar por essa avaliação antes do início da comercialização do serviço, conforme divulgado em 11 de abril de 2023 pela Administração do Ciberespaço da China.
Segundo o que afirma a agência, as inteligências artificiais devem “refletir os valores socialistas fundamentais e não devem apresentar conteúdo relacionado à subversão do poder do Estado”, com o objetivo de garantir o “desenvolvimento saudável e a aplicação padronizada da tecnologia de inteligência artificial generativa”.
Ainda não há uma data de quando essa medida entrará em vigor, pois, segundo a agência regulatória, o projeto passará primeiro por uma consulta pública, antes de ser aprovado.
A União Europeia não ficou para trás, porém, a Itália saiu na frente sozinha, com uma ação mais radical, e bloqueou temporariamente o ChatGPT no país, por suspeitas de violação de regras de coleta de dados e por não se enquadrar na lei de proteção de dados da União Europeia.
Segundo a agência italiana, “a ausência de qualquer base legal que justifique a recolha e armazenamento massivo de dados pessoais de forma a treinar os algoritmos subjacentes ao funcionamento da plataforma”.
Essa decisão da Itália acelerou a discussão dentro do bloco europeu, que em 13 de abril de 2023, reuniu autoridades nacionais de privacidade para criar uma força-tarefa e analisar o robô ChatGPT. O Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB, na sigla em inglês) vai usar esse caso como base para o bloco criar uma política de regras de privacidade que serão adotadas para as inteligências artificiais dentro da União Europeia. Em comunicado, o grupo de análise informou que “O EDPB decidiu lançar uma força-tarefa dedicada a promover a cooperação e a troca de informações sobre possíveis ações conduzidas pelas autoridades de proteção de dados”.
Em 11 de abril de 2023, os Estados Unidos, segundo a agência de notícias Reuters, abriu uma consulta à população sobre sugestões de medidas para responsabilizar e controlar o funcionamento das ferramentas baseadas em inteligências artificiais.
Esse tema está atraindo muito a atenção no país, principalmente do legislativo americano, pois o ChatGPT, por tudo que ele mostrou fazer, foi uma das ferramentas que teve o maior crescimento na história em número de usuários, passando dos 100 milhões de ativos mensais.
O chefe da Administração Nacional de Telecomunicações e Informações (NTIA, na sigla em inglês) do Departamento de Comércio, Alan Davidson, disse que “Sistemas de IA responsáveis podem trazer enormes benefícios, mas apenas se abordarmos suas possíveis consequências e danos” e completou “Para que esses sistemas alcancem todo o seu potencial, as empresas e os consumidores precisam poder confiar neles”.
A grande preocupação no país é a segurança das informações. Em outra entrevista, Davidson comentou que o principal objetivo do governo é determinar se as inteligências artificiais funcionam da maneira que as empresas afirmam, se são seguras e eficazes, se têm resultados discriminatórios ou “refletem níveis inaceitáveis de viés”, se espalham ou perpetuam a desinformação e se respeitam a privacidade dos indivíduos. “Temos que nos mover rapidamente, porque essas tecnologias de IA estão se espalhando muito rápido”.
E no Brasil? Você deve estar se perguntando. Aqui, o assunto já está sendo tratado muito antes da carta aberta.
Em 6 de dezembro de 2022, a Comissão de Juristas do Senado (CJSUBIA), presidida pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, com relatoria da jurista Laura Schertel, entregou o Relatório Final para elaboração do Marco Regulatório de Inteligência Artificial. O relatório tem duplo objetivo: estabelecer direitos para a proteção da pessoa afetada e dispor de um arcabouço regulatório de fiscalização e supervisão. A expectativa é de que, agora em 2023, o Relatório tramite pelo Senado para que seja criado um projeto de lei que defina o desenvolvimento e o uso das inteligências artificiais no Brasil.
É interessante pensar como a ficção está cada vez mais próxima da nossa realidade. Países pensando em leis para se proteger dos robôs, não te lembra algo? O livro “Eu, Robô”, lançado em 1950 pelo escritor Isaac Asimov, criava as três leis da robótica. Em uma época que não existia sequer a internet ou celulares, ele já imaginou esse conflito com inteligências artificiais e a preocupação de que eles poderiam causar um mal ao ser humano.
Apenas por curiosidade, estas são as três leis da robótica, segundo Isaac Asimov:
Com essas discussões sobre inteligências artificiais, é uma ótima opção de leitura a obra de Isaac Asimov. Para quem gosta de filmes, dois filmes mais recentes que foram baseados em livros dele são “Eu, Robô”, de 2004, e “O Homem Bicentenário”, de 1999. Outra opção de filme sobre o tema, que não tem origem nos livros, é “AI – Inteligência Artificial”, de 2001, dirigido por Steven Spielberg.
Como dito pelo escritor Oscar Wilde, “A vida imita a arte mais do que a arte imita a vida”.
Lilian Primo é CEO e fundadora da Moybe Mobilidade Elétrica, VP do Instituto Êxito e VP de TI da Anefac. Fala sobre tecnologia, inovação, mobilidade e tendências.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Adnews.
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