IA deve acelerar transformação do varejo farmacêutico no Brasil

O uso da inteligência artificial (IA) no varejo farmacêutico brasileiro deve crescer de forma acelerada nos próximos anos, tanto para aprimorar a experiência do consumidor no ponto de venda quanto para otimizar a gestão dos negócios. Segundo Sergio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os investimentos em inovação do setor podem chegar a R$ 1 bilhão nos próximos cinco a dez anos.

Nos dias 12 e 13 de agosto, a Abrafarma realizou a 12ª edição do Abrafarma Future Trends, no Distrito Anhembi, em São Paulo. O evento reuniu mais de 7 mil participantes e 90 marcas de produtos e serviços voltados ao varejo farmacêutico, representado pelas 29 redes associadas à entidade. Barreto destaca que, embora a IA esteja no centro das inovações, o ser humano continuará como protagonista, migrando para atividades de maior valor intelectual.

O evento apresentou a Farmatech, loja-piloto equipada com 35 tecnologias aplicáveis ao ponto de venda. Entre as soluções, o robô Anne atua como assistente de vendas, e tablets interativos permitem que clientes testem fragrâncias sugeridas pela IA e finalizem pedidos diretamente no dispositivo. Outra inovação é uma central de controle operacional que, conectada a sistemas de monitoramento municipais, pode apoiar a gestão da loja e contribuir com segurança pública.

O setor demonstra forte presença econômica: nos últimos 12 meses, as 29 redes associadas à Abrafarma registraram 1,3 bilhão de atendimentos – cerca de seis visitas por habitante – e faturaram R$ 109,32 bilhões. Barreto reforça que a incorporação da IA pode transformar as redes de farmácias em hubs de tecnologia intensiva, oferecendo uma jornada de consumo e saúde mais eficiente e integrada.