Eduardo Tracanella lança consultoria após saída do Itaú e inicia nova fase como empreendedor
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93% da Geração Z indica que campanhas, promoções e creators motivam suas compras.
Adnews
24.07.2024
Na era digital atual, os padrões de consumo estão passando por uma transformação radical, especialmente no setor de varejo. Assim, as empresas desse setor precisam se adequar e entender essas mudanças para sobreviver. Lembrando que isso vai muito além de oferecer vendas online, como muitos pensam.
Segundo o presidente da Febrafar e da Farmarcas, Edison Tamascia, é preciso entender que existem diversos tipos de consumidores e as empresas podem se adaptar a essas mudanças.
“Temos observado uma significativa evolução nos modelos de relacionamento entre empresas varejistas e consumidores. Isso é crucial para o sucesso de um negócio. Não dá mais para usar as mesmas formas do passado. A abordagem superficial já não é mais suficiente; a personalização é essencial”, afirma Tamascia.
Ele explica que passamos de um modelo relacional tradicional, focado no atendimento direto e personalizado, para um modelo transacional, centrado em preços e promoções. Hoje, estamos na era do modelo relacional digitalizado, onde a personalização através da tecnologia se torna fundamental.
Neste novo cenário, a interação com o consumidor é profundamente personalizada e tecnologicamente avançada.Tamascia, acredita que em um mercado altamente competitivo, a diferenciação é a chave para conquistar e manter a fidelidade do cliente.
Diversidade geracional e adaptação tecnológica
Uma característica marcante deste novo cenário é a convivência de diferentes gerações no mercado, desde os Baby Boomers até a Geração Z (a Geração Alpha, nascida a partir de 2012, ainda não toma decisões de consumo). Cada grupo apresenta comportamentos de consumo distintos, exigindo uma abordagem flexível por parte das empresas varejistas.
Veja características de cada grupo:
Geração Silenciosa (nascidos antes de 1946) – A Geração Silenciosa valoriza a estabilidade e a confiança em suas escolhas de compra. Eles preferem marcas que conhecem há anos e são leais a essas marcas. Geralmente fazem compras em lojas físicas e seu consumo é conservador, evitando produtos inovadores ou tecnológicos.
Baby Boomers (1946-1964) – Os Baby Boomers preferem produtos de alta qualidade e durabilidade. Tendem a fazer compras em lojas físicas, apreciando a oportunidade de ver e tocar os produtos antes de comprar. Também valorizam o atendimento ao cliente e o contato pessoal.
Geração X (1965-1980) – A Geração X pesquisa extensivamente antes de fazer uma compra, utilizando tanto fontes online quanto offline. Gostam de comparar preços e características dos produtos. Preferem comprar online por conveniência, mas ainda frequentam lojas físicas para compras específicas.
Millennials (1981-1996) – Os Millennials valorizam a conveniência e a experiência do consumidor. Preferem comprar online, usando dispositivos móveis para comparar preços, ler avaliações e fazer compras. Interagem diretamente com marcas através de redes sociais e apreciam a transparência e a responsabilidade social das empresas.
Geração Z (1997-2012) – A Geração Z é altamente digital e faz a maioria de suas compras online, utilizando dispositivos móveis. Valorizam a personalização e preferem marcas que oferecem produtos adaptados às suas necessidades individuais. Influenciados por tendências nas redes sociais e recomendações de influenciadores digitais, buscam diversidade e inclusão nas marcas que escolhem.
“É crucial que os estabelecimentos estejam preparados para atender e entender variados tipos de consumidores, mas sabendo que esses estão cada vez mais digitalizados,” destaca Tamascia, que ressalta a importância de investir em tecnologia e adotar estratégias diferenciadas de atendimento para manter a relevância no mercado.
A adaptação ao modelo Omnichannel , que integra diferentes canais de atendimento, surge como uma necessidade. Segundo Tamascia, as lojas precisam integrar diversos canais para atender às preferências do consumidor moderno.
Para muitas empresas independentes, a adaptação a essa nova realidade pode parecer um desafio devido aos altos custos envolvidos. Tamascia sugere que a união em grupos, como redes associativistas, pode ser uma alternativa viável.
Assim a recomendação é que os varejos busquem soluções à nova realidade, compreendam profundamente a jornada do consumidor, integrem diferentes canais e enfatizem a digitalização para modernizar o setor. Esses passos serão primordiais para a prosperidade do negócio.
Campanhas publicitárias e influenciadores
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Mosaico, empresa do Banco PAN, dona do Buscapé e do Zoom e gestora do Shopping do PAN, a decisão de compra de todos os perfis geracionais é impactada de forma expressiva por campanhas publicitárias, promoções e influenciadores.
Das 1.494 pessoas entrevistadas em todas as regiões do país, entre os dias 25 e 26 de março, pela plataforma de pesquisas QuestionPro, 93% dos jovens nascidos na Geração Z (entre 1997 e 2010) e 84% dos Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) consideram essas abordagens como motivadores importantes de suas compras, a pesquisa também considerou os nascidos na Geração X (1965-1980) e os Millennials (1981-1996). No entanto, as gerações mais jovens e mais velhas divergem significativamente em quase todos os aspectos do levantamento.
Por exemplo, quanto à preferência por compras em lojas físicas ou online, com o avanço do e-commerce e da digitalização, os mais jovens optam pela conveniência e rapidez das compras online em 46% das vezes. Esses consumidores também preferem o pagamento digital em 51% das transações e são atraídos por cashback em 69% das ocasiões. Em contraste, os Baby Boomers, familiarizados com o pagamento digital (escolhido por 53% deles), são consumidores habituados às compras presenciais (74%) e não se interessam tanto por cashbacks ou cupons de desconto, utilizados em apenas 21% das transações.
A diferença geracional é ampliada ainda mais quando se trata da preferência por canais para descobrir novos produtos ou serviços. Enquanto a Geração Z prefere redes sociais e influenciadores em 51% das vezes, apenas 22% dos Baby Boomers são impactados por esses meios. Em contrapartida, 44% dos Baby Boomers confiam nas recomendações de amigos e familiares, uma forma de aconselhamento que influencia 26% das descobertas da Geração Z. Blogs e sites de análises de produtos ocupam o terceiro lugar para ambas as gerações, impactando 23% dos mais jovens e 22% dos mais velhos.
O comportamento das gerações converge novamente quando se trata das ferramentas utilizadas no processo de compra: tanto os mais jovens quanto os mais velhos preferem aplicativos específicos em detrimento dos sites de varejo. Enquanto 69% da Geração Z prefere comprar via apps, apenas 51% utilizam sites de varejo para concluir suas compras. Para os Baby Boomers, esses números são de 53% e 47%, respectivamente, mostrando uma preferência similar por aplicativos específicos.
A pesquisa também revela que, embora todas as gerações prefiram marcas conhecidas, os nascidos na Geração Z demonstram maior fidelidade. Cerca de 17% deles preferem sempre comprar produtos das mesmas marcas, em comparação com apenas 11% dos Baby Boomers.
“A compreensão dos comportamentos de compra das diferentes gerações pode apoiar significativamente as marcas em suas estratégias de marketing. Por exemplo, quando as compras em sites de varejo cedem espaço para aplicativos específicos, o mercado como um todo precisa reavaliar seus desafios e se reposicionar para alcançar tanto os clientes mais jovens quanto os mais velhos. E isso deve ser feito não apenas buscando o aumento das vendas, mas também pensando em garantir a melhor experiência para um público etário amplo e diversificado”, ressalta Francisco Donato, Superintendente Executivo da Mosaico no Banco PAN.
*Foto de capa: iStock.
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