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Além dos EUA, a série “Expedição Oriente” será exibida também no Canadá, México e Austrália; David Schurmann conta sobre seus novos trabalhos em exclusividade ao ADNEWS
Adnews
29.04.2021
A pandemia parece não ter afetado a produção da família Schurmann. O diretor de cinema David Schurmann, que acabou de lançar um livro acessível sobre a produção da sua grande obra “Pequeno Segredo”, agora chega com mais novidades.
A série “Expedição Oriente” agora será exibida nos Estados Unidos, Canadá, México e Austrália. Os dez episódios passam a integrar o catálogo do Tubi (www.tubi.tv), uma divisão da FOX Entertainment com filmes e programas de televisão de grandes estúdios de Hollywood, entre eles, Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer e Lionsgate.
Por meio dessa parceria com o Tubi, norte-americanos, canadenses, mexicanos e australianos poderão conferir essa série que traz uma história cativante e imagens lindíssimas que já são tradição da Família Schurmann, momentos emocionantes, aventura, mistério, cultura, diversão e entretenimento.
Expedição Oriente foi lançada em 2017 e exibida no Brasil pelo National Geographic, que também veiculou em exclusividade para os demais países da América Latina.
Além disso, David Schurmann anunciou ano passado, já durante a pandemia, o seu novo filme “Aleppo” que conta com a estrela hollywoodiana Olivia Munn, atriz que interpretou Psylocke de X-Men: Apocalipse (2016), como protagonista.
Em entrevista exclusiva ao ADNEWS o cineasta conta mais detalhes sobre a produção da série “Expedição Oriente” e o filme “Aleppo”, produzidos durante a pandemia. Confira na íntegra:
ADNEWS – Como foi o processo de criação junto com a National Geographic?
David Schurmann: “Desde a segunda volta ao mundo da minha família, a Magalhães Global Adventure, que aconteceu entre 1997 e 2000, as expedições Schurmann têm gerado muito conteúdo audiovisual, incluindo quadros para TV aberta no Fantástico da Globo e documentários. A equipe da National conhecia a qualidade desses conteúdos e tinha uma relação próxima com a gente.
Quando planejamos a “Expedição Oriente” já sabíamos que iriamos produzir um documentário ou uma série documental. Contamos para a National Geographic e ela embarcou conosco nesta iniciativa, conferindo total liberdade para criarmos todo o conteúdo seguindo nossa linha narrativa e nossos padrões de produção e qualidade. Por outro lado, confiamos que o canal era perfeito para nossa série.”
AD – A família Schurmann é a protagonista de “Expedição Oriente”?
Schurmann: “A princípio, a expedição em si é a protagonista da série. Nos dez episódios com 45 minutos de duração cada, o público confere todos os detalhes dessa terceira volta ao mundo realizada pela nossa família a bordo do veleiro Kat. É como se nós, Schurmann, levássemos os espectadores para essa grande jornada inspirada pela teoria de que os chineses foram os precursores das viagens de descobrimentos. Com a “Expedição Oriente”, navegamos cerca de 50 mil quilômetros, passando pelos quatro oceanos, em uma viagem que durou 812 dias com quase 50 escalas feitas ao redor do planeta. As emoções e histórias mais marcantes vivenciadas com essa expedição são os protagonistas da série que tem a Família Schurmann no comando do leme.”
AD – De que forma o convívio em alto mar demonstrado na série, contribui para a rotina de quarentena?
Schurmann: “Não só a série “Expedição Oriente”, mas principalmente a experiência da nossa primeira volta ao mundo, que durou 10 anos e nos colocou no universo do “isolamento”, homeschooling e homeoffice quando isso era inimaginável – de 1984 a 1994 – tem sido uma inspiração para muitas pessoas nesse momento. Nossa segunda grande jornada (1997 – 2000), a Magalhães Global Adventure, com Kat a bordo também. Isso porque essas duas viagens contaram com crianças a bordo, sendo educadas à distância, convivendo em tempo integral com os pais e outras características que chamam a atenção das famílias nesse momento.”
“Mas a série “Expedição Oriente” também pode ser muito inspirador, porque o público confere como foram os dois anos e meio de uma viagem, que mantinha cerca de 10 pessoas no convívio diário, dentro de um espaço tão limitado como o de um veleiro. Espero que a série consiga refletir alguns fatores importantíssimos para a expedição, o convívio a bordo e esse momento de distanciamento social: respeito entre as pessoas e colaboração.”, completa.
AD – Você pensa em lançar uma nova série no mesmo formato?
Schurmann: “Somos contadores de história por natureza, com uma paixão por compartilhar o que vivemos. Por isso, nossos projetos sempre incluem produção de conteúdos audiovisuais. Em agosto deste ano, a Família Schurmann zarpa novamente para uma nova missão: Voz dos Oceanos, que conta com o apoio mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Com essa expedição, vamos testemunhar e registrar, in loco, o que está acontecendo nos oceanos; navegar em busca de soluções inovadoras, e conscientizar e a engajar as pessoas ao redor do mundo para a necessidade de ações urgentes. E tudo isso será devidamente documentado e compartilhado em diversos formatos: de publicações nas redes sociais até a produção de conteúdos para TV, streaming e/ou cinema. Os formatos e canais dependem das histórias encontradas.”
AD – Como foi o processo de pré-produção durante a pandemia?
Schurmann: “A pandemia, claro, afetou nosso calendário e as filmagens passaram para o segundo semestre deste ano. Então, ainda estamos em pleno processo de pré-produção, que tem incorporado muito do que todos nós estamos vivenciando nesses tempos de distanciamento. As reuniões da equipe e leitura de roteiro com o elenco, por exemplo, têm acontecido graças as plataformas digitais. Pré-produção na “Era Zoom” é assim mesmo, né? O legal é que isso tem facilitado – e muito – ter todos os envolvidos presentes, mesmo estando espalhados em outros países. Há poucas semanas, fui para a Jordânia, conferir as possíveis locações do filme, o que exigiu cuidados para lá de redobrados e alinhados aos protocolos de segurança. Para essa “inspeção” in loco, foram pouquíssimas pessoas. Apenas quem era extremamente fundamental para esse processo. Todos nós fizemos testes antes de embarcar, repetindo a cada dois dias lá e refazendo ao retornar. Distanciamento, higienização, uso de máscara etc. passaram a ser incorporados nesse momento delicado do mundo. Mas é gratificante e animador poder se cuidar, se sentir seguro e avançar em tão grandioso e lindo projeto.”
AD – Olivia Munn chegou a dizer que o roteiro é um dos mais cativantes e comoventes que ela já leu. Como está sendo trabalhar com a atriz?
Schurmann: “Olivia é encantadora, generosa e talentosa. Uma estrela de Hollywood que se entrega de corpo e alma. Para um diretor, é recompensador trabalhar com uma atriz desse calibre. Cada um faz a sua parte, trocando e somando em prol da obra. Para uma arte coletiva como o cinema, isso é fundamental! Que venha o segundo semestre e esse feliz encontro nos sets de filmagem!
AD – O quão importante foi a consultoria de refugiados da síria para a produção do roteiro?
Schurmann: Eu mergulhei nesse universo através de filmes, documentários, reportagens, fotos etc. Isso já foi um processo duro, extremamente tocante e dolorido. Mas daí você se depara com pessoas que fizeram parte de tudo que você vinha assistindo e, sem o “distanciamento” da tela, sem um jornalista ou outra pessoa contando aquela história, você sente o que não pode ser representado em palavras. É a chance de olhar no fundo dos olhos deles e notar uma mistura de sentimentos, que incluem a dor de deixar o país e de perder familiares e pessoas queridas; o medo de não conseguir escapar com vida; o alívio por estar em um lugar supostamente mais confortável, e a preocupação por quem ficou para trás. É o tipo de consultoria que ultrapassa o aspecto profissional. Ela impacta na sua vida pessoal.
AD – Existe alguma previsão de estreia de “Aleppo”?
Schurmann: “Se o cronograma for mantido, as filmagens acontecem no segundo semestre deste ano. A partir daí, podemos considerar de um a dois anos para pós-produção, finalização e lançamento. Em 2023, esperamos levar “Aleppo” para as telas do mundo!”
“Aleppo” é o primeiro longa de Schurmann após o sucesso de “Pequeno Segredo” (2016), e surgiu por um dos convites para projetos de cinema e streaming que o cineasta recebe de Los Angeles. Além disso, “Aleppo” tem produção de Andre L III, que trabalhou em filmes como “Ilha do Medo” com Leonardo DiCaprio e “300” com Gerard Buttler e hoje é CEO da MiLu Entertainment. Tem ainda a Juan Bergaz da Bergaz Productions como produtora executiva.
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