Trança Bonita e Trança Feia: Fluent se posiciona contra estereótipos de beleza

Responsável por produzir conteúdo para alguns dos maiores portais de marca do Brasil, que geram aproximadamente 12 milhões de visitas mensais, agência compartilha práticas que podem influenciar positivamente algoritmos de busca.

Adnews

17.07.2019

Trança Bonita e Trança Feia: Fluent se posiciona contra estereótipos de beleza

Pesquisar tipos de cabelo no Google pode revelar nuances de preconceito racial e a polêmica que surgiu esta semana expôs um caso em particular. Internautas iniciaram no Twitter um acalorado debate sobre a descoberta que resultados das buscas por tranças bonitas levavam a imagens de mulheres brancas de cabelo liso, enquanto as tranças feias levavam a mulheres negras com cabelos crespos. Diante da polêmica, a Fluent, agência expert em conteúdo do Grupo Webedia, responsável pelo conteúdo de marcas como L’Oréal, Johnson & Johnson, P&G e Grupo Pão de Açúcar entende que é papel dos produtores de conteúdo empenhar esforços para incluir no SEO palavras que impactem no ranqueamento de imagens no Google, elencando imagens que traduzem a diversidade do povo brasileiro.

Luther Peczan, vice-presidente da Webedia Brasil e executivo responsável pelo comando da Fluent, ressalta que o Google não pode ser responsabilizado pelas manifestações preconceituosas colhidas pelos algoritmos e que se refletem nos resultados do mecanismo de busca. Mas, ele afirma que é uma oportunidade para todos esses players digitais darem suas contribuições para corrigir essas distorções. “Hoje, infelizmente, o SEO privilegia nas buscas termos mais comuns sem um filtro que impeça contextos racistas, sexistas ou homofóbicos. Mesmo matérias positivas podem aparecer em buscas de termos negativos. Acredito que aqui o ponto da polêmica é muito mais uma crítica à sociedade do que aos mecanismos de SEO em si”, afirma.

Neste sentido que a Fluent decidiu assumir a missão de, com maior ênfase, ser um representante da produção de conteúdos que valorizem todos os públicos, conta Luther. “Ajudar marcas a dominar um território SEO relevante para o seu target é uma responsabilidade, mas também traz a oportunidade de junto com elas impactar positivamente no que é levado ao público.” E para reforçar a pluralidade de olhares, a diversidade é uma marca da Fluent e dos verticais da Webedia, tanto que a equipe de redação conta com jornalistas e produtores negros e de demais etnias.“Uma redação plural é fundamental para termos olhares mistos na composição do nosso conteúdo”, diz Peczan.

“Pode ser uma iniciativa dos mecanismos de SEO educar o algoritmo para evitar esse tipo de situação. Mas os produtores de conteúdo precisam tomar iniciativas para contribuir com essa mudança” complementa.

Entre as medidas concretas estabelecidas na Fluent estão a inclusão de termos positivos a imagens geralmente associadas a conteúdos machistas, sexistas ou racistas. No caso de tranças, por exemplo, os termos escolhidos para categorizar o conteúdo incluem palavras afirmativas além de termos técnicos. “Trabalhar o ranqueamento através do SEO não é algo imediatista, que impacte o resultado das buscas no curto prazo, mas medidas como essa devem aos poucos contribuir para traçar um novo parâmetro ao conteúdo apresentado nas buscas.”

E para contribuir que outros produtores de conteúdo também adotem medidas que contribuam para esta mudança, Luther encerra com 5 dicas para publishers:

1.Para qualquer conteúdo é importante incluir diversidade como prioridade, pois isso precisa ser enraizado durante a produção. Não adianta querer falar com um público diverso do dia para noite. Produzir conteúdo é estabelecer conversas.

2. Mesmo conteúdos positivos podem reforçar estereótipos negativos. Como o Google lê palavras, é importante evitar frases como: “Você acha que isso é feio? Não é não.” Mesmo que a intenção seja positiva, o conteúdo tende a aparecer em buscas com o contexto negativo.

3. Como dito no texto, é muito comum incluirmos no tagueamento de matérias termos técnicos associados ao território do assunto que estamos escrevendo, mas incluir palavras positivas a conteúdos que normalmente são associados de forma negativa podem contribuir para reeducar o algoritmo.

4. Todo conteúdo deve ser pensado para pessoas reais, então mesmo com a dificuldade de encontrar modelos nacionais em bancos de imagens, é importante mostrar imagens de pessoas que representem o público real da comunidade e evitar reforçar estereótipos inalcançáveis.

5. Para se manter no topo das buscas é importante estar sempre conectado à tendências e isso é uma ótima oportunidade para quebrar estereótipos.  Em um conteúdo sobre cabelo platinado, por exemplo, a matéria pode incluir imagens de mulheres negras platinadas, quebrando a imagem mais tradicional de mulheres brancas com este tipo de cabelo.

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