O TikTok desmentiu uma reportagem que sugeria que a China estaria considerando permitir a venda das operações da empresa nos EUA para Elon Musk, chamando a alegação de “pura ficção”, conforme informações da BBC.
A declaração veio em resposta a uma reportagem da Bloomberg que indicava que autoridades chinesas poderiam avaliar a opção de vender o negócio do TikTok na América para Musk, caso a Suprema Corte dos EUA mantenha a proibição do aplicativo. A corte deve se pronunciar sobre uma lei que estabelece o dia 19 de janeiro como prazo para que o TikTok venda suas operações nos EUA ou enfrente um banimento no país.
O TikTok tem repetidamente afirmado que não venderá suas operações nos Estados Unidos. Em resposta, um porta-voz da empresa declarou à BBC News: “Não podemos ser esperados a comentar sobre pura ficção.”
A Bloomberg informou, citando pessoas próximas ao assunto, que uma das possibilidades sendo considerada pelos oficiais chineses seria a plataforma X de Musk assumir o controle das operações do TikTok nos EUA.
Musk é um aliado próximo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que deve retornar à Casa Branca em 20 de janeiro. No mês passado, Trump pediu à Suprema Corte que adiasse sua decisão até que ele assumisse o cargo, para permitir que buscasse uma “resolução política”. O advogado de Trump apresentou um parecer legal ao tribunal, no qual afirma que Trump “se opõe ao banimento do TikTok” e “busca a capacidade de resolver as questões em questão por meios políticos assim que assumir o cargo”.
Isso ocorreu uma semana após Trump se reunir com o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, em sua propriedade Mar-a-Lago, na Flórida.
Na segunda-feira, dois legisladores democratas, o senador Edward Markey e o representante Ro Khanna, também pediram ao Congresso e ao presidente Joe Biden que estendesse o prazo de 19 de janeiro.
Durante uma audiência na Suprema Corte na semana passada, os juízes pareceram inclinados a manter a legislação e cumprir o prazo. Durante quase três horas de argumentações, os nove juízes voltaram repetidamente às preocupações de segurança nacional que deram origem à lei.
O governo Biden argumenta que, sem a venda, o TikTok poderia ser usado pela China como uma ferramenta de espionagem e manipulação política. A empresa, por sua vez, tem negado qualquer influência do Partido Comunista Chinês e afirmou que a lei que visa bani-la nos EUA viola os direitos de liberdade de expressão dos usuários, garantidos pela Primeira Emenda.