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Diego Ortiz

Diego Ortiz é o co-fundador da Chili - agência de marketing digital no México e Brasil focada em performance e conversão por estratégias PPC (anúncios pago) e de SEO. Além disso, é fundador da Verse - agência de Web3 especializada em introduzir e acelerar a adoção de estratégias da nova web em grandes empresas na América Latina, como NFTs, Metaverso, Gaming e Blockchain. Diego possui uma extensa experiência em marketing internacional com as maiores empresas do mundo como Red Bull, Microsoft, Bytedance, Nike e outras. Acelerou a integração da Chili como agência do grupo Superist (superist.com) com o objetivo é capacitar o talento local e elevar o grau de competitividade das empresas latino-americanas frente ao mercado internacional com as melhores práticas aplicadas em mais de 6 mil clientes no mundo inteiro e mil colaboradores em 5 continentes.

Estar no topo da cadeia do mercado em tempos de marketing digital requer uma evolução constante e habilidade de adaptação. Logo, no cenário atual, as marcas precisam se manter em dia com as tendências atuais e, quer as marcas queiram ou não, as NFTs (ou token não fungíveis) já são um dos tópicos quentes do mercado.

Apesar de diversos “espertões” terem subvertido o conceito desta tecnologia para encherem os bolsos e saírem fora, o potencial das NFTs ainda não foi aproveitado. Mas afinal, como a sua marca pode usar este conceito novo e mesclar de forma inteligente as NFTs com as táticas de marketing digital?

Presença em dois formatos: NFTs gêmeos digitais

Primeiro, as marcas precisam desmistificar as NFTs, principalmente para o público. Esta sigla significa, de forma extremamente resumida, que algum produto digital é, de forma certificada, original e único, à prova de fraudes. Expandindo este conceito e aplicando ele nos assets da marca, uma atuação possível gira em torno de NFTs gêmeos digitais.

Um gêmeo digital é uma cópia digital de um produto ou ativo físico. Essencialmente, permite um registro digital de propriedade de ativos físicos. Você pode perguntar por que alguém precisaria de um NFT quando possui a versão física real dele. A resposta está na pergunta: como alguém pode ter certeza de que seu ativo é o negócio real?

Em 2019, o comércio de produtos falsificados representou 3,3% do comércio mundial total . Um relatório de 2018 do portal britânico, The Independent, descobriu que até 20% de todas as pinturas pertencentes a museus podem ser inautênticas. No que diz respeito ao mercado de tênis, esse problema é tão grande que a StockX, uma plataforma de verificação e revenda de tênis, está avaliada, hoje, em quase US$ 4 bilhões.

Está ficando cada vez mais difícil diferenciar ativos reais de falsos. A solução? NFTs gêmeos digitais. Com NFTs de gêmeos digitais, os itens físicos seriam vinculados a um NFT e armazenados em uma blockchain descentralizada, que é praticamente impossível de manipular.

Bilhetes NFTs

Se baseando no tópico anterior, onde os NFTs funcionam como uma solução para eliminar a falsificação, consegue imaginar outro mercado que sofre muito com falsificações? Falar em jogos, eventos musicais e diversos, é pensar no mercado de cambistas. Eis que os bilhetes NFT, autenticados em blockchain, surgem como opção para controlar o mercado de revenda.

Proporcionar essa atuação na venda de ingressos otimiza a empresa em algumas frentes. Primeiro, o valor criado para os clientes que comprarem bilhetes de eventos via NFT será duplo: poderão participar da própria experiência de entretenimento ao vivo e terão um ativo digital exclusivo e pessoal. Segundo, facilita o mercado de revenda e diminui a dor de cabeça para os clientes.

Outra possibilidade com os bilhetes NFTs diz respeito a um valor permanente. Pensando em uma presença cultural da América Latina, quão valioso seriam as ações de times de futebol que trabalhassem com bilhetes NFT vitalícios, com acesso exclusivo a jogos, ou incentivos extras para os compradores? Além disso, parte de atuar com sucesso no mercado de tokens não fungíveis é pensar no fortalecimento da marca primeiro, antes de tentar lucrar apenas com a tecnologia.

Primeiro, as empresas precisam entender que as NFTs são tão valiosas quanto a comunidade e a marca envolvida na transação. Por exemplo, a banda Kings of Leon passou a vender NFTs que dão aos compradores assentos vitalícios na primeira fila em suas turnês. A DC Comics começou a distribuir NFTs de quadrinhos junto com ingressos para o evento DC FanDome. Mas entenda que foram empresas que trabalham primeiramente a sua comunidade e a sua marca antes de partirem para um novo mercado.

Jogos em NFTs

Partindo deste ponto, uma das aplicações mais populares dos NFTs são os chamados jogos play-to-earn, ou jogue para lucrar. Para aplicar uma mecânica como esta, é necessário entender os pontos citados nos tópicos acima. NFTs são uma tecnologia que se aplicam melhor com marcas bem estabelecidas e com um plano de integração de comunidade forte.

Três aplicações de NFTs para as marcas na internet

Pense no metaverso como uma representação digital do mundo real. Você pode interagir com outras pessoas, explorar, fazer compras e completar desafios para ganhar dinheiro de verdade. O que os NFTs permitem nesse espaço é a mesma não fungibilidade dos ativos que vemos no mundo real. Os NFTs permitem que os criadores introduzam escassez e utilidade no metaverso, o que significa que um sistema econômico único pode crescer dentro dele, desde que o universo em seu entorno seja atrativo.

O potencial total das NFTs ainda não foi atingido e elas passam longe do reducionismo que muitos estão divulgando, de que são apenas imagens pixeladas. Mas parte da missão de trabalhar com marketing digital é estar em constante adaptação com as tendências do mercado. E, particularmente, acredito que as NFTs são uma tendência que ficarão por um bom tempo.

Artigo escrito por Diego Ortiz, CEO da Verse e co-fundador da Chili, agências de marketing digital com atuação na América Latina.

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