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Atacante do Real Madrid, Vinicius Júnior já foi alvo de diversos ataques racistas durante as partidas de futebol nas competições espanholas, e por muitas vezes, não houve punição para os responsáveis. O jogador, que já demonstrou sua revolta pela falta de posicionamento da La Liga, lançou a campanha ‘Racismo, não finja que não vê’, que evidencia sua luta contra o preconceito no Dia da Consciência Negra, celebrado nacionalmente no dia 20 de novembro, com mídias divulgadas pelo Brasil e até em Nova York.

Percorrendo todas as capitais do país, a iniciativa é apenas uma das ações conduzidas por Vini Jr. Com o objetivo de propor o debate sobre a legislação espanhola e identificar o racismo e injúria racial como crime, o atleta busca que casos como os que se passam frequentemente na La Liga possam ter uma punição compatível como desfecho.

Em agosto deste ano, diante das diversas críticas a respeito do seu posicionamento, a organizadora do campeonato espanhol reconheceu o seu erro e anunciou uma plataforma de denúncia de atos racistas nos estádios, além de propor outras ações de combate a esse tipo de crime.

Em uma de suas recentes ações nas redes sociais, Vini Jr. montou uma equipe que identifica autores de atos racistas que ficam no anonimato e utiliza os recursos cabíveis para processá-los. Além dessas atitudes, o jogador lançou também nesta segunda-feira (20) um Manual da Educação Antirracista. O conteúdo apresenta 60 páginas e pretende oferecer suporte para que as escolas do país se tornem ambientes mais inclusivos e se afastem de hábitos que estimulem o preconceito.

Ativismo no futebol

Como podemos ver no dia a dia, não só com Vinicius Júnior. Muitos atletas e torcedores sofrem ou já sofreram racismo nos jogos, dentro ou fora dos estádios, e nas redes sociais. Por isso, os times e organizações brasileiras estão cada vez mais engajados em mudar esse cenário, não só para os atletas, mas para toda a sociedade. Dentro dos clubes, já existem algumas punições para as torcidas e apoio para identificar agressores, mas não é o suficiente.

Em apoio à causa, o Corinthians promoverá a discussão sobre o tema ao longo de toda essa semana. Por meio de posts, conteúdos e ações especiais, o Timão vai propor reflexões sobre igualdade, racismo e empoderamento preto. Nas redes sociais, a conta da equipe paulista apresentará personagens pretos marcantes na história do clube.

O time também dará destaque a um dos mais tradicionais símbolos dessa luta, a camisa 2, listrada, cuja origem remonta à luta contra o racismo e a inclusão de pessoas marginalizadas no esporte. Nesta terça-feira (21), a equipe de Responsabilidade Social do time receberá, da comunidade TeleAtlas, 30 crianças negras que jogam futebol. Jogadoras pretas do futebol feminino estarão presentes, e Grazi conduzirá uma conversa com as crianças.

Além disso, o clube vai unir arte, história e futebol contra o racismo. Dez gravuras em impressão Fine Art da obra ‘Futebol’, de Francisco Rebolo (1902-1980), serão autografadas por jogadores do elenco do futebol masculino. O quadro original, de autoria do mesmo artista que criou o escudo do Corinthians, foi o primeiro a retratar um preto em condição de igualdade na disputa de uma partida de futebol contra um branco, em 1936.

Esse encontro dos jogadores atuais com a memória da luta por igualdade no futebol irá proporcionar duas outras ações. Na primeira, o elenco do futebol masculino debaterá o tema por meio de relatos pessoais e outras impressões, refletindo sobre conscientização de raça e racismo na atualidade. Em outra atividade, as cópias autografadas serão vendidas, com renda 100% revertida ao projeto social ‘Plano de Menina’, instituição que busca capacitar meninas da periferia e conectá-las a oportunidades profissionais.

Na partida do Corinthians contra o Bahia, na próxima sexta-feira (24), os dois clubes se unirão por meio de um patch especial em seus uniformes, simbolizando a luta negra. As equipes farão posts em conjunto nas redes sociais, com a mensagem #JogoContraORacismo. Antes da partida iniciar, será realizado um minuto de silêncio com a mensagem estampada nos telões do estádio. Também será produzido um material contando sobre a luta contra o racismo pelos dois clubes, com Fernando Wanner, historiador do Corinthians.

Cuiabá e Agro Amazônia

Parceiros desde 2021, Cuiabá e Agro Amazônia também estão juntos em mais uma iniciativa para valorizar a diversidade cultural e combater o racismo. O clube e a empresa de agronegócio se uniram para lançar uma camisa em homenagem ao Dia da Consciência Negra.

A peça traz, nas costas, o desenho do punho cerrado, que virou símbolo na luta contra o preconceito racial. Outro destaque são as ilustrações nas mangas, que fazem referência à cultura africana. A nova peça é assinada pela Dourado, marca própria do clube.

“Mais do que um clube, somos porta-vozes da sociedade. Acreditamos que o futebol é para todos. Mais do que lançar uma camisa para o nosso torcedor, usamos essa data para incentivar a reflexão sobre um ponto em que a humanidade ainda precisa evoluir. Sempre vamos combater qualquer tipo de discriminação, dentro e fora de campo, e a camisa é uma forma que encontramos de simbolizar essa luta que é de todos nós”, destaca Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá.

A camisa que celebra a importante data já está disponível nas unidades da Dourado Store e pode ser adquirida online no e-commerce da loja.

* Com informações de MKT Esportivo | Foto de capa: Reprodução/Internet

 

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