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Antoninho Rossini

Antoninho Rossini é jornalista, bacharel em direito e administrador de empresas. Diplomado em cursos de extensão universitária nas seguintes especialidades: “Teoria e Técnica do Jornalismo Científico”, “Jornalismo Internacional – Fundamentos, Modalidades e Métodos” e da “Semana de Estudos de Jornalismo”, pela Universidade de São Paulo, mais curso de “O Direito Autoral na Cadeia de Produção Editorias, além de receber o título de “Marketing Men”, do Marketing Best. Trabalhou na Editora Abril, O Estado de São Paulo, Diário Popular e Diário do Comércio, dentre outros. Foi diretor de redação do caderno Asterisco, editor das revistas Propaganda, Marketing e também do semanário Propaganda & Marketing. É membro do Júri do Prêmio Colunistas. É autor e editor de obras nos segmentos de marketing e propaganda, além de dirigir a Editora Tag&Line e atuar como consultor em gestão de crise em comunicação.

Incrível o que se observa hoje no comércio em lojas de departamentos e especialmente em grandes marcas de material de construção. O consumidor interessado na aquisição de algum produto deseja ser atendido por um profissional para tirar dúvidas e obter informações, mas o que ele encontra, perdão, o que ele não encontra é uma viva alma disposta a lhe dar ouvidos. Não se trata de nenhum fenômeno de um ou outro estabelecimento, mas já uma rotina frustrante. Sim, é falta de treinamento grave.

A chave de venda parece não existir mais. Esse mau hábito está tomando conta do mercado. Balconistas e atendentes se habituaram a não olhar mais para o cliente-consumidor com a devida atenção. Antes de ouvir o cliente e dar a ele a acolhida devida preferem consultar a telinha do celular para dizer se há ou não o produto desejado. Não existe mais a cordial troca de informações e sugestões para outros produtos. A resposta definitiva está bem ali na telinha. O consumidor se parece como uma alma pena só porque não realiza suas compras pela internet! Grande engano.

Essa é a fórmula certeira do “xô cliente” que está sendo adotada em larga escala. Quem se dá ao trabalho de se deslocar até uma loja, consumindo combustível e tempo quer ser atendido com acolhimento e não, sabe-se lá, se por uma máquina/robô. Esse consumidor merece atenção, mesmo porque é bem provável que tenha sido lesado por essas empresas de vendas digitais, que se quer conhecem seus fornecedores. Para elas o importante é colocar nas redes qualquer produto ou serviços e fazer uso dos seus algoritimos e criptografias capazes de alcançar pessoas de forma hipnótica e obter vendas, muitas vendas. Já a entrega do produto ou serviço é uma etapa totalmente abandonada.

Assim, o ciclo de atendimento e de fidelização do consumidor fica esgarçado, sem futuro. Definitivamente essa tecnologia digital está saindo do controle. Os obcecados por lucros terão vida curta, mas até lá massacrarão os consumidores. A Lei de Proteção de Dados já em vigor. É ampla e certamente vai cuidar de fazer um rapa nesse mercado de compra e venda pela internet que segue caminhos tortuosos.

Imagem de athree23 por Pixabay

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