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A Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias que encabeçam a chamada quarta revolução industrial, ou indústria 4.0. Através dela, mecanismos de recomendação podem fornecer recomendações automatizadas para programas de TV com base nos hábitos de visualização dos usuários.

IA se refere a sistemas ou máquinas que executam tarefas à semelhana da mente humana, se aprimorando com base nas informações que as próprias máquinas coletam.

Mas não se preocupe: a IA não deve substituir humanos, e sim melhorar, significativamente, as habilidades e contribuições humanas. É claro que essa é uma boa discussão, e convidamos Demetrio Teodorov e Rod Hurtado para falarem sobre o tema dentro do universo da publicidade.

Demetrio Teodorov é Futurista e Estrategista – tem como propósito profissional e pessoal construir o futuro no presente, estudando novos comportamentos e tecnologias emergentes. Nos últimos anos trabalhou em estudos de comportamento de consumo (CX e UX), tendências de futuro e projetos com foco em Mobilidade, Experiências de Consumo, Novo Varejo, Banco Digital, Futuro do Trabalho, Moda, Inteligência Artificial e Foodtech.

Demetrio Teodorov

Executivo de Inovação na Kyvo (plataforma de inovação) – com passagens pela Riachuelo e Midway, Alelo, Ultragaz, BASF, BRF (Sadia, Perdigão e Qualy) e PwC – onde atuou em projetos globais de P&D e digital.

Depois de ter estudado no Disney Institute, INSEAD, Perestroika, CESAR School, Hyper Island, Harvard, MIT e Singularity direcionou o pensamento para o conceito da exponencialidade.

Em dezembro/2016 implantou um chip NFC – na mão direita – para testes de interação com devices, hoje estuda o futuro da alimentação (carne cultivada), das plataformas, produtos digitais e Inteligencia artificial para apoiar estratégias corporativas.

Conheça a opinião de Demetrio sobre o tema:

“A IA é uma ferramenta invisível que, conforme evoluímos nos processos de automação e nas estratégias, vai entrando em nossa vida sem percebermos. Vale lembrar que o Governo de São Paulo usou IA no momento da Covid-19, para mapear áreas através de geolocalização e saber a expansão da contaminação.

Acredito que o ambiente de marketing digital que envolve planejamento dentro das agências ainda não explora amplamente o assunto, mas na parte técnica de programação, ele com certeza é elemento de plataformas, de target e de martechs (agências e empresas de marketing digital que aplicam em suas rotinas recursos tecnológicos e conceitos da transformação digital).

A IA começa a fazer parte do capital intelectual mais técnico no começo das ações, e depois passa a integrar a vida de planejamento e de criação. Nossa vida inteira utiliza a IA: hoje, de uma sugestão de investimento financeiro até uma sugestão de filme em plataformas digitais, estamos às voltas com algoritmos de inteligência artificial. É algo que está sendo exponencializado de maneira invisível, mas robusta, e muito claramente começa a fazer parte da tecnologia antes de integrar equipes de marketing e times.”

Rodrigo Hurtado é um visionário diretor criativo e também partner da XCAVE – um estúdio de produção criativa focado em animação 3D em Real-time, VFX, XR e conteúdo generativo usando AI e tecnologias Real-time.

Rodrigo Hurtado

É conhecido por sua abordagem de inovação, suas ideias disruptivas revolucionaram a maneira como pensamos sobre a criação de conteúdo e foram adotadas por marcas e empresas nas indústrias de publicidade, entretenimento e games em todo o mundo, levando à uma nova e empolgante era generativa, imersiva e interativa de conteúdo customizado em múltiplas mídias para públicos diferentes em todo o mundo.

Conheça a opinião de Rod sobre o tema:

“A IA vem com uma força motriz que potencializa e expande o nosso potencial criativo, acelera o nosso processo de experimentação, e com isso podemos utilizá-la bem no início do processo, ainda quando queremos descobrir coisas e testar diferentes abordagens. Prototipagem rápida e Pré-visualização na medida, para um mundo que nos exige cada vez mais velocidade, dinamismo e fluidez. À medida em que isso evolui, podemos integrar modelos mais avançados de algoritmos que podem nos ajudar a materializar os drafts e conceitos iniciais, sejam conteúdos de imagem, vídeo ou áudio, até experiências imersivas, games etc.

Não estamos somente reinventando a forma como criamos, mas também precisamos considerar que estamos reinventando a forma como produzimos, e isso nos faz repensar como criamos e para quem criamos. Até esse momento, todo o empenho criativo estava focado em encontrar uma grande solução, um filme que converse com diferentes públicos, uma única peça visual que converse com toda uma gama diferente de consumidores de um determinado target. Como agora podemos ir além, precisamos reconsiderar que não precisamos ter um único final do processo, um único filme, uma única peça. Especialmente se integramos AI nos processos criativos integrados com os de produção, podemos enfim pensar em uma escala e customização sem limites.

Enfim, chegamos à era do Marketing Generativo e isso muda praticamente tudo o que conhecemos.”

O uso da IA na publicidade é um caminho sem volta. Algumas marcas já exigem a tecnologia na execução de campanhas, e outras estão mais do que dispostas a apostar nessa tendência.

Com isso, o segmento deve crescer ainda mais no futuro próximo. Investir em tecnologia e gente capacitada, mais do que nunca, é essencial. A IA é mais uma chance de criar uma conexão significativa com o público.

Agências que investem em tecnologias do tipo podem entender melhor os dados e os comportamentos de compra. Vai ficar fora dessa?

A imagem de capa foi criada com inteligência artificial e é de autoria do colunista Rodrigo Hurtado.

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