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As meninas estão conquistando cada vez mais seu espaço no mundo dos games, e podemos ver isso em números! Segundo uma pesquisa da Pesquisa Game Brasil, realizada em 2019, as mulheres já preenchem mais de 53% do público presente nos controles, seja em consoles ou em simples jogos pelos smartphones. E a tendência é que esses números só aumentem, por isso a NimoTv, uma das plataformas de streaming mais visadas continua dando ainda mais espaço para elas em sua plataforma. Focada em transmissões de e-Sports, as meninas tem o espaço liberado para jogarem e criarem conteúdos de seus jogos preferidos.

O foco e desempenho tem que ser dobrado! As streamers passam horas e horas treinando em suas lives com seus companheiros de time, para que possam alcançar o nível do competitivo. Mas, para elas, ainda existem muitos obstáculos a serem vencidos, principalmente quando o assunto é o machismo e o ódio gratuito de players masculinos que ainda estão presente na vida de algumas delas. Conversamos com algumas players como a JujuGamer, jogadora de GTA V; a MariGamer, jogadora do mobile FreeFire da equipe Los Grandes e a Korah, destaque do time Black Dragons, e soubemos um pouco mais sobre o universo gamer pela visão delas.

O poder de influência ainda é algo novo, e pode assustar, mas elas já lidam muito bem com isso. A JujuGamer tem mais de 11 mil seguidores na NimoTv e toma bastante cuidado em suas lives para não criar um público tóxico ao seu redor. “Eu lido com um público mais jovem, muitas vezes até crianças e eu tenho que tomar certo cuidado para que a minha influência não seja negativa. É claro que muitas vezes a gente peca, não vou falar que toda hora eu estou atenta, uma hora ou outra a gente acaba pecando, mas ainda sim eu tento tomar esse cuidado.”, diz ela. Mas, infelizmente, ainda existem muitas dessas comunidades tóxicas das quais ela fala, e tem uma explicação. “Alguns streamers não tomam esse cuidado, saem xingando e acabam criando um conteúdo tóxico, um público tóxico.”, completa.

E os reflexos deste público acaba transbordando nos conteúdos das moças, Juju comenta que o preconceito ainda é muito grande, e somente por serem meninas! É um absurdo, e ainda fica pior. Mari e Juju também comentam que quando não estão treinando e querem simplesmente jogar casualmente, tem que usar apelidos masculinos ou ‘nicknames neutros’ como cores, objetos, entre outros, para que ninguém saiba que são mulheres e não serem alvos de ataques machistas. Em suas lives, já ocorreram diversos comentários sobre suas vozes doces, sua maquiagem, ou elogios infelizes, já que elas estão ali para jogar. “Não estamos lá para isso”, comentam elas. Os erros comuns dentro dos games também são motivos para os xingamentos. “Ainda sim há uma diferença no comportamento e aceitação. Quando um menino erra, tudo bem! Mas agora, vai uma menina errar…”, diz Juju. Mari comenta que também desmerecem suas conquistas. “Quando morremos no game, eles gritam e perguntam – Nossa, como você está jogando no time da Los Grandes?”.

Mas ainda sim, as mulheres não abaixam a cabeça e enfrentam tudo isso, com muito amor ao que fazem! Provam a cada dia que passa sua competência e capacidade de estarem inclusas no mundo gamer, tanto quanto os meninos. Sem deixar de lutar e sem menosprezar ninguém para alcançar seus objetivos. “Vários de meus seguidores têm o sonho de integrar um time profissional e ver onde conseguimos chegar é uma grande inspiração para eles.”, diz Korah sobre o papel delas em representar seus times. E a ideia é aumentar ainda mais o número de meninas em competições que ainda se sobressai aos meninos. “É uma grande oportunidade para as meninas, vou dar o melhor de mim todos os dias!”, promete JujuGamer.

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