Os filmes de super-heróis estão enfrentando sintomas de um grande cansaço por parte do público. Confesso que continuo gostando bastante e me divertindo com eles. E agora, chega aos cinemas mais um, apresentando um herói dos quadrinhos da DC que eu confesso que não conhecia. É ‘Besouro Azul’, que estreou nesta quinta (17) nos cinemas. O diferencial é que o personagem principal vem de uma família latina. E ainda, o interesse amoroso do herói é interpretado por Bruna Marquezine, que se sai muito bem no filme.
Jaime Reyes (Xolo Maridueña) acabou de se formar na faculdade de Direito e volta para casa cheio de aspirações para o futuro. Só que ele logo descobre que as coisas não serão exatamente como imaginou. É quando o destino intervém. Jaime inesperadamente acaba com uma antiga relíquia de biotecnologia alienígena em suas mãos. Conhecido como o Escaravelho, o artefato escolhe Jaime como hospedeiro simbiótico (tipo Venom). Com isso, o jovem desenvolve uma incrível armadura que contém poderes extraordinários e imprevisíveis. Só que é claro que muita gente tem interesse nisso. Especialmente a milionária Victoria Kord (Susan Sarandon, substituindo Sharon Stone). Mas, o rapaz terá ajuda de sua família e da jovem Jenny Kord (Bruna Marquezine) para conseguir se salvar, e ao mundo também, claro!
O que achei?
O filme tem momentos muito divertidos, e alguns até emocionantes, especialmente aqueles que envolvem a família de Jaime. Há uma estrutura terna entre eles, que é extremamente eficiente no desenvolvimento da história. O roteiro ainda faz várias referências à cultura latina, inclusive Maria do Bairro e Chapolin Colorado (impossível não rir com eles). Os diálogos são uma mistura de espanhol e inglês, mas Bruna tem uma frase em português num momento chave.
É claro que alguns efeitos não funcionam tão bem. Há toda uma sequência de lutas dentro de cavernas que é confusa e você enxerga muito pouco (mesmo numa tela IMAX). Mas, o roteiro simpático acaba funcionando para conquistar. A presença da família em todos os momentos se torna um diferencial, e Adriana Barraza como a avó é maravilhosa. E como curiosidade, a mãe de Jaime é feita por Elpidia Carrillo, que fez ‘Predador’ junto com Schwarzenegger lá nos anos 80.
Xolo Maridueña funciona bem, especialmente nas partes mais divertidas. Está na cara que Susan Sarandon se divertiu com esse personagem, mas também parece que só estava interessada em terminar logo com isso para pegar o cheque no final, rsrs. A sua personagem não existe nos quadrinhos, mas é eficiente. Uma coisa é certa, ‘Besouro Azul’ sabe realmente aproveitar a beleza, a doçura e o talento para chorar de Bruna Marquezine. Marca presença, funciona nos momentos certos. Com certeza, ela terá boas oportunidades de trabalho daqui em diante. Uma pena que, por causa da greve dos atores, ela não possa aparecer mais, mostrando toda a sua beleza.
E daqui em diante?
O filme tem duas cenas pós-créditos. A segunda é divertida, uma brincadeira para dar risada. Mas, a primeira deixa um gancho para uma sequência. James Gunn, que agora é o Manda-Chuva da DC nessa nova fase, já havia dito que o filme não tinha ligação nem com o universo anterior, nem com o futuro dos heróis da DC. Apesar de Batman, Superman e Flash serem citados, não há participação especial alguma. E na pré-estreia do filme, Gunn deixou claro que o Besouro Azul fará parte do universo da DC que está por vir. Gostei!
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