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E se você largasse tudo e apostasse em seu negócio dos sonhos? Hoje, parece loucura, afinal estamos em meio uma crise mundial. Mas antes da pandemia, Alexandre Mesquita resolveu arriscar e largou sua antiga profissão de gerente de projetos de TI e resolveu viver com qualidade de vida inaugurando o Italioca, uma casa de massas artesanais gourmet, no Leblon, zona nobre do Rio de Janeiro. Investiu, resolveu viver a sua vida próxima de sua família e se dedicar a boa qualidade de seus produtos. Incrível, não é mesmo?

Mas o grande problema é que, normalmente ninguém espera que aconteça uma única e enorme crise vinda de reflexos de uma pandemia meses após a abertura de seu negócio e com Alexandre não foi diferente! O medo no início foi inevitável para todos, mas com muita sabedoria e uma boa gestão o Italioca está conseguindo se manter acessível. Com todas medidas de segurança e saúde impostas pelos órgãos responsáveis, Alexandre vem apostando em suas redes sociais e nos pedidos delivery, no qual ele mesmo está responsável.

 

 
 
 
 
 
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Nós conversamos um pouco mais com o empreendedor e cozinheiro para saber como ele está lidando com essa crise, como está funcionando seu planejamento e quais são seus planos para não deixar que o distanciamento de seus clientes afete o Italioca. Confira a entrevista:

 

ADNEWS – Alexandre, com certeza foi uma grande transformação em sua vida após a Italioca, como você analisa sua estratégia de empreendedorismo? O que te impulsionou a acreditar que um estabelecimento de massas poderia dar certo?

Alexandre Mesquita: Massas são universais e versáteis. É possível ousar, criando bons experimentos gastronômicos na criação dos recheios e formatos, por exemplo. E sempre conseguimos uma forma de agradar. Dos paladares mais simples aos mais exigentes. É uma comida que conforta, que abraça, que emociona. Pode ser sofisticada, aconchegante ou ambos. Uma delicia este universo.
 
Nossa estratégia parece ousada, sem dúvida. Em tempos em que a grande indústria alimentícia vem se apropriando do mercado de massas congeladas e invadindo todos os grandes mercados e pontos de venda, criar uma marca de massas artesanais, com produção própria e venda direta pro consumidor final, parece improvável.
 
Ao mesmo tempo, acompanhamos a expansão da consciência sobre o comer bem, da importância de saber o que se come, evitando conservantes ou corantes artificiais, a ideia de resgate e de valorização da pequena produção, da comida artesanal. E de outro lado, mas não menos importante, há os preços exorbitantes cobrados por bons restaurantes por um bom prato de massas. Os custos deles são imensos também. Não se trata de ser justo ou não. Trata-se de ficar cada vez mais caro para as camadas médias, juntar a família e oferecer um farto almoço de domingo num bom restaurante italiano, por exemplo.
Analisando estes fatores, acreditamos haver aí uma oportunidade pra investir neste mercado.
Identificamos um nicho importante a ser explorado: entre aqueles que valorizam a qualidade e o sabor, mas que buscam preços justos e mais acessíveis do que os praticados pelos restaurantes.
Queremos capturar estes clientes e virar uma opção também para aqueles que simplesmente gostam de receber família e amigos em casa. De forma prática e diferenciada.
 
Nesta perspectiva, projetamos fortalecer nossa a marca e pulverizar pontos de venda próprios.
Mas com a tranquilidade e a calma necessários para irmos nos firmando no mercado como sinônimo de massa de excelência, com qualidade e sabor diferenciados.
 
Optamos por posicionar o primeiro ponto de venda no Leblon, não por ser o bairro em que sempre vivemos, mas por consideramos um ótimo local. Central pro nosso público e pra nossa estratégia.
 
Caprichamos nos detalhes que traduzem o cuidado que temos em todos os aspectos do nosso negócio:
uma loja conceito, ou uma boutique de massas – com versatilidade para poder receber clientes para degustações mais intimistas ou para nossas Officinas Gourmet. Tudo visando aproximação e construção de confiança. Um espaço pensado pra que todos possam se sentir em casa. Como se estivessem nas próprias cozinhas ou na de algum amigo.
 
Mas, ao mesmo tempo, buscamos um ponto com custo razoável, que pudesse nos dar o tempo de maturação e de reconhecimento que todo novo negócio exige.
 
Então, ponderando, podemos dizer que sim, fomos ousados – até porque afinal, assim nos parece ser sempre empreender em nosso pais -, mas com boas doses de moderação também. Que esta receita dê certo!
 

AD – Acredito que você não esperava com uma crise relativamente no começo de seu negócio. Como você está lidando com o empreendedorismo durante a pandemia? O que você pode acrescentar para os outros empreendedores na área de alimentos como você?

Alexandre: Uma situação da proporção como a que estamos vivendo com esta pandemia exige um reinvenção de nós mesmos e de qualquer negócio. Até mesmo de um negócio relativamente novo, como a ITALIOCA. É uma demanda urgente de adequação e ao mesmo tempo uma grande oportunidade.
 
De início nos deparamos com a grande dificuldade de ter a loja fechada, nosso local de encontro com os clientes inacessível. Eles não chegavam – e ainda não chegam – mais!
 
Em seguida, surgiram dificuldades com fornecedores – com preços de insumos e embalagens importadas disparados -, redução da força de trabalho – com colaboradores afastados ao menor sinal de sintoma. Redobramos a preocupação com a matéria prima e com a higiene – desde o recebimento, passando pela produção e chegando até a entrega.
 
Estamos revendo nossas dinâmicas e temos nos comprometido mais diretamente em todas as etapas, inclusive com as entregas – que sempre foram terceirizadas. Isto tem dado mais segurança para todos: clientes e também pra gente. Ou seja, mais trabalho!
 
Por outro lado, a família tem se engajado e ajudado, se envolvendo mais e atendendo aos clientes – que agora chegam pelo Instagram, WhatsApp e telefone. Tem sido bacana! Como só vendemos o que passa pelo controle de qualidade familiar, nunca tivemos vendedores tão bons. Todos realmente gostam, acreditam e consomem nossos produtos. A venda flui. Uma troca interessante. De um consumidor pra outro.
 
Acho que diante de tudo isto, só posso dizer que é preciso colocar a mão na massa! Não ter medo do trabalho e engajar a todos que puderem contribuir. E coragem para fazer as adaptações necessárias, claro! Muitas aqui estão sendo feitas.
 
AD – Você já encontra alguma diferença no comportamento do cliente sobre os pedidos delivery? 
 
alexandre: Dinâmicas familiares, hábitos alimentares e de consumo sendo alterados. O comportamento deles (e o nosso) precisaram se alterar. É preciso buscar entendê-los.
 
Quem aprecia uma boa massa e já conhece nossos produtos, têm feito pedidos maiores, sob encomenda, guardando sempre algumas opções em casa para quando precisar. Clientes novos, chegando por indicação ou pelas mídias, costumam pedir aos finais de semana e sempre mais perto da hora do almoço. Estamos tentando estar prontos pra estes pedidos de ultima hora, embora não estejamos, no momento, trabalhando com os Piattos Prontos. Apenas com as massas semi-prontas pra finalizar em casa.
 
Estar neste meio do caminho entre fornecer comida para consumo direto e o preparo trabalhoso de uma refeição elaborada, vem sendo entendido pelo mercado como uma boa opção.
 
Entregamos segurança alimentar, qualidade, sabor e a oportunidade de, com muita praticidade, imprimir a marca de cada um. Os clientes podem dar personalidade as suas refeições adicionando algum ingrediente ou com um belo empratamento, por exemplo. E sempre saborear uma boa massa – que fica fresquinho e apetitosa a qualquer tempo.
 

AD – Sobre consultorias da sua excelente massa, você enxerga uma boa oportunidade de criar conteúdos online para seus clientes? 

Alexandre: Sim. Temos vários projetos neste sentido. Começando por vídeos de instruções básicos, de ideias de receitas para elaborar ou sofisticar ainda mais as combinações que nossas massas e molhos oferecem, ou mesmo para transpor as Oficcinas Gourmet que oferecemos na loja pra meios digitais.
Da mesma maneira seria bacana fazer com as consultorias: estruturá-las em videoaulas. Embora o contato com a realidade dos interessados e a troca de ideias para ajudá-los a planejar ou reorganizar seus negócios seja parte fundamental e já feita de forma on-line.

AD – As redes sociais da Italioca estão sendo mais aproveitadas e procuradas durante esse período de isolamento? 

Alexandre: Sim. Os contatos realizados por ‘Direct messenger no Instagram e aqueles feitos por WhatsApp tem sido bastante frequentes. Adaptamos nosso cardápio para ser enviado neste formato e incluímos algumas fotos postadas no nosso perfil. Foi uma iniciativa que fez muita diferença. Dá confiança e facilita a escolha das pessoas.

AD – Quais suas esperanças e expectativas para a Italioca após a pandemia?

Alexandre: Esperamos que alguns hábitos – como curtir a casa e preparar as refeições – possam perdurar. Ainda que poucos estejam dispostos a perder tempo demais com isto. Queremos estar nesta lacuna, entregando a base de uma experiência gastronômica incrível, em que você dá seu toque, a sua cara, mas sem gastar tempo ou dinheiro demais com isto.
 
Ter uma refeição bacana em poucos minutos é bom demais, né?! E sem o jeito ou os sabores das comidas congeladas que encontramos por ai! Queremos construir uma relação de confiança e de afeto com nossos clientes e ter nossas massas associados a lembranças de bons momentos que eles passam em família.

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