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De tempos em tempos, uma empresa passa por um rebranding com o intuito de representar um conceito maior. Mark Zuckerberg, do antigo Facebook, mudou o nome da empresa-mãe para Meta e guiou todos os esforços da gigante da rede social para desenvolver um metaverso. Elon Musk largou o nome ‘Twitter’ após a aquisição em 2022 e trocou pelo ‘X’ para representar um “futuro de interatividade ilimitada”, no qual a rede social do passarinho teria desde conversas em áudio até pagamentos em criptomoedas.

Agora, o Gympass anuncia um trajeto semelhante e passa a se chamar Wellhub. A marca, que ficou conhecida pelos benefícios corporativos e check-ins em academias, quer adentrar de vez em uma indústria global avaliada em mais de US$ 5 trilhões: o mercado de bem-estar, segundo relatório do Global Wellness Institute referente a 2022.

Deste valor, US$ 55 bilhões estão relacionados às empresas, o que indica que o foco no segmento de benefícios tem motivo. Um estudo do antigo Gympass mostra que 93% dos colaboradores afirmam que o bem-estar é tão importante quanto o salário.

 

“Ao oferecer tudo em uma única plataforma, o Wellhub aumenta o engajamento e a produtividade dos funcionários, além de trazer o ROI [retorno sobre investimentos] que as empresas buscam”, diz o cofundador e CEO Cesar Carvalho.

 

Como surgiu a plataforma?

Criado pelos empreendedores Cesar Carvalho, Vinicius Ferriani e João Thayro, o Gympass, agora Wellhub, começou em 2012 com o intuito de desburocratizar o acesso às academias. Uma simples assinatura mensal poderia liberar as catracas das salas de ginástica do Brasil, sem a necessidade de se matricular ou assinar muita papelada.

Dois anos depois, percebeu a vantagem no B2B e nunca mais olhou para trás. Continuou a oferecer para o usuário final e passou a atender, em sua maioria, grandes corporações como o grupo de jogos Activision Blizzard; o banco Santander; e a multinacional de bens de consumo Unilever.

Foi nesse ritmo que, em 2019, veio o status de unicórnio e um generoso aporte de 300 milhões de dólares. A vertente de bem-estar veio no início da pandemia: quando percebeu que o isolamento social impactaria diretamente o futuro da plataforma, organizou uma nova estratégia e apostou nos aplicativos parceiros e aulas por vídeo dentro do app.

Empresas como B3 e Colgate-Palmolive optaram por lançar o Gympass mesmo com as academias fechadas, mas a empresa não escapou sem rasuras: demitiu cerca de 20% do quadro de funcionários durante o ano e só voltou a crescer em março de 2021, cerca de 10% mês ao mês até julho, quando recebeu um novo aporte milionário liderado pelo SoftBank Group.

Hoje, quem assina o plano mais básico do Gympass já ganha acesso a aplicativos de sono, nutrição, meditação e mais, além, claro, dos 400 milhões de check-ins pelas academias do Brasil e outros 11 países. Em 2022, inclusive, o Gympass comprou a solução de suporte psicológico Vitalk para fortalecer seu programa corporativo de saúde mental, chamado Wellz, por um valor não divulgado.

Agora em maio, o “novo Gympass” chega ao mercado com logo diferente e experiência inédita no app, que agora abrange atividade física, terapia, nutrição, qualidade do sono e mindfulness. Junto disso tudo, um financiamento poderoso: em agosto de 2020, a empresa captou US$85 milhões em Série F e chegou a uma avaliação de US$ 2,4 bilhões. São US$555 milhões em financiamento desde a abertura do Gympass em 2012.

Wellhub

Será interessante observar se o nome “Wellhub” vai desenrolar na língua tão bem quanto o Gympass fez na boca dos brasileiros. No final de fevereiro, o app registrou 2,7 milhões de assinantes e 15 mil clientes corporativos em 11 países, e virou sinônimo de benefício valioso na hora da contratação.

Até a campanha publicitária que vai dar luz ao Wellhub faz uma brincadeira com isso: ‘Agora, ninguém mais vai perguntar se tem Gympass em uma entrevista de emprego ou porta de academia. É Wellhub’.

 

 

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