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Você se lembra da primeira vez em que decidiu escolher uma profissão? Todos nós sabemos que não é uma tarefa muito fácil, principalmente quando ainda não conhecemos nada sobre o mercado. Porém, uma coisa que sempre nos induz neste primeiro instante é a paixão por algum hobby, só basta perseverança, persistência e muita dedicação para que os seus sonhos se tornem realidade. 

Foto do perfil de Lucas Patricio

Nós conversamos com Lucas Patrício, Co-Fundador e Diretor Criativo, GMD e Half Deaf, que nos contou um pouco mais da sua trajetória no mundo do marketing, além de esclarecer como conseguiu, desde muito jovem, trabalhar com games – uma de suas maiores paixões. Lucas sempre esteve atento ao mercado de conteúdo e mesmo em seu período de Trabalho de Conclusão de Curso decidiu seguir nesta linha, seguiu animado e em 2011 fundou a GMD, uma agência de marketing digital. Confira agora a entrevista: 

 

ADNEWS – Lucas, antes de entrar no mundo corporativo, o que te fez decidir que o mundo dos games seria o foco da sua carreira?
Lucas Patrício: Os videogames fazem parte da minha vida desde quando assistia meu tio jogar Atari na sala da casa da minha avó. Cresci jogando e tendo videogames como meu principal hobby e paixão. Comprava revistas de jogos com a mesada, assistia programas na TV, passava horas debatendo com os colegas e, claro, jogando. Quando decidi não aceitar uma oportunidade ótima em uma multinacional para trabalhar numa editora de revistas de games, acho que já tinha definido qual seria minha carreira.

Como jornalista, trabalhei por anos escrevendo nas principais publicações especializadas de games do Brasil; revistas e sites. Antes disso, produzi e apresentei um programa de TV veiculado em uma emissora regional da Baixada Santista. A decisão de abrir uma agência e atender esse mercado foi uma consequência de todos esses anos iniciais da minha carreira focando e fazendo conexões nesse mercado. Esse ano, completei 15 anos trabalhando com games.

 

AD – Em 2011, como surgiu a GMD? Qual era a necessidade do mercado para uma agência de conteúdos para as redes sociais?
Patrício: Em 2011, conteúdo estava começando a ser um tópico de discussão nas agências. O Facebook ainda iria estrear sua funcionalidade de páginas, e as redes sociais no Brasil ainda eram sinônimo de Orkut. O meu trabalho de conclusão de curso na faculdade de Jornalismo falava justamente sobre conteúdo para redes sociais, e a avaliação máxima me deu confiança em unir essa empolgação com o conhecimento sobre videogames. As primeiras empresas que trabalhamos estavam engatinhando nesse mercado e tivemos a oportunidade de criar projetos pioneiros junto com eles.

 

AD – Na GMD, qual case você considera especial que mereça destaque? Pode contar para nós?
Patrício: Tenho muito orgulho de todos os projetos que fazemos. Alguns clientes da casa estão com a gente por 5, 6 e até 9 anos. É uma demonstração de confiança que me traz muito orgulho. Em 2016, fomos até Los Angeles cobrir a E3 – um dos mais tradicionais e importantes eventos de games do mundo – com uma equipe de mais de 20 pessoas. Foram vários clientes atendidos, uma logística extremamente complexa e resultados sensacionais. Cobrir a E3 não é uma tarefa fácil, fazer isso para vários clientes e com uma equipe tão grande foi um desafio que tenho muito orgulho de termos aceitado e vencido.

 

AD – Qual foi o seu maior ensinamento no mercado de marketing digital?
Patrício: Marketing é sobre conteúdo, mensagem e pessoas. Quem não entende essa complexa relação, tem muita dificuldade em fazer algo realmente transformador. Tenho um perfil criativo, e aprendi muito sobre a importância de unir o ímpeto criativo com estratégia, informação e dados. É uma combinação poderosa para o marketing digital. 

 

AD – Além disso, quais foram as principais mudanças no mercado com a chegada da pandemia?
Patrício: A pandemia trouxe uma urgência ainda maior para olharmos para as pessoas. É importante entender como as pessoas estão e como elas se sentem no trabalho. Nunca foi tão importante trabalhar desenvolvimento. A pandemia traz não somente desafios práticos, como trabalho à distância, mas também muitas questões psicológicas que são extremamente importantes serem compreendidas para uma empresa.

 

AD – O que você espera do mercado para o pós-pandemia? Você já imagina novas tendências?
Patrício: As grandes empresas perceberam que o trabalho presencial não deve ser usado como forma de controle de produtividade. A relação das pessoas com o trabalho certamente evoluiu. O mesmo aconteceu com a tecnologia. Espero ver mais modelos híbridos de home-office e mais tecnologia aplicada como solução de gerenciamento, acompanhamento e desenvolvimento de projetos.

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