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Após a vitória do processo, nos Estados Unidos, contra o acordo fechado em janeiro, a Microsoft afirma que se concentrará em resolver as preocupações no Reino Unido. A fusão da gigante da tecnologia com o proprietário do Call of Duty será o maior negócio desse tipo na história da indústria de jogos.

As ações da Activision subiram mais de 10% com os investidores apostando que ela teria sucesso. Nos Estados Unidos, os reguladores argumentaram que tal acordo, avaliado em US$ 69 bilhões (£ 56 bilhões) no ano passado, prejudicaria os jogadores e reduziria a concorrência ao dar à Microsoft, fabricante do Xbox, o poder de negar aos rivais o acesso aos jogos da marca.

A Federal Trade Commission (FTC) buscou um bloqueio de emergência do acordo, que deve ser fechado ainda este mês, enquanto contestava os planos. Mas, a juíza Jacqueline Scott Corley disse que não achava que o regulador ganharia o caso.

“A FTC não demonstrou que é provável que tenha sucesso em sua afirmação de que a empresa combinada provavelmente retirará Call of Duty da Sony PlayStation, ou que sua propriedade do conteúdo da Activision diminuirá substancialmente a concorrência nos mercados de assinatura de bibliotecas de videogames e jogos em nuvem”, escreveu a juíza em sua decisão.

A vitória nos EUA é o indicador mais forte até agora de que a compra da gigante da tecnologia vai avançar. Isso ocorre depois que o acordo foi aprovado pela União Europeia, enquanto uma oferta para bloquear a fusão no Reino Unido está atualmente sob apelação.

O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse que a empresa está “agradecida” pela rápida decisão, e agora voltará seu foco para o Reino Unido. Ele e a autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido concordaram em suspender o litígio enquanto a empresa descobria uma maneira de lidar com as preocupações, que se concentravam no mercado de jogos em nuvem.

“Estamos prontos para considerar quaisquer propostas da Microsoft para reestruturar a transação de forma a abordar as preocupações estabelecidas em nosso relatório final”, disse um porta-voz da CMA.

Os desenvolvimentos parecem estar prestes a proporcionar uma grande vitória para a Microsoft, que está tentando acompanhar os líderes de mercado PlayStation e Nintendo, investindo pesado em jogos que pode encorajar os gamers a escolherem suas plataformas, incluindo o console Xbox, em vez de seus rivais.

A Activision Blizzard é responsável por grandes títulos, incluindo Call of Duty, World of Warcraft, Diablo e Overwatch, e também é proprietária da King, desenvolvedora de jogos para celular e responsável por Candy Crush.

O destino da franquia Call of Duty foi fundamental para os argumentos dos reguladores. Ao lado dos reguladores, o chefe da PlayStation, Jim Ryan, disse em um depoimento em vídeo que a Microsoft provavelmente restringiria o acesso à série para usuários do PlayStation, ou ofereceria a eles uma versão degradada. No entanto, a Microsoft disse que ofereceu um contrato de licenciamento de dez anos à Sony para o jogo e afirmou que não faria sentido financeiro restringir o acesso a tantos seguidores.

“Nossa fusão beneficiará consumidores e trabalhadores. Permitirá a concorrência, em vez de permitir que líderes de mercado arraigados continuem a dominar nossa indústria em rápido crescimento. Estamos otimistas de que a decisão de hoje sinaliza um caminho para a aprovação regulatória total em outras partes do mundo, e estamos prontos para trabalhar com os reguladores do Reino Unido para resolver quaisquer preocupações remanescentes para que nossa fusão possa acontecer rapidamente”, comenta Bobby Kotick, presidente executivo da Activision Blizzard, após a decisão.

A decisão não é necessariamente o fim do processo, e a FTC ainda pode recorrer. A reguladora também contestou separadamente a fusão em um processo paralelo, em andamento no tribunal administrativo.

“Estamos desapontados com este resultado, dada a clara ameaça que essa fusão representa para a concorrência aberta em jogos em nuvem, serviços de assinatura e consoles. Nos próximos dias, anunciaremos o próximo passo para continuar nossa luta para preservar a concorrência e proteger os consumidores”, esclarece o porta-voz da FTC, Douglas Farrar.

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