As músicas sempre foram um elemento mais do que importante nas campanhas, mesmo quando não são o foco principal de cada ação. As marcas sempre se utilizaram de diferentes produções famosas e os melhores hits, para destacar e criar conexão entre seus produtos e o público. No entanto, com o crescimento das redes sociais, isso se tornou mais forte do que nunca.
A relação da internet com a carreira de artistas vem ficando cada vez mais convergente, principalmente, quando o streaming tangibilizou uma nova abertura nos universos da indústria publicitária e televisiva, especialmente, através da popularidade e influência das redes sociais.
Não é segredo que o TikTok frequentemente tem vídeos viralizados com músicas e coreografias diversificadas. Muitas vezes, essas músicas nem sempre atuais, podem ser produções “ressuscitadas” depois de adormecerem por anos. Foi o caso recente de “Haja Amor”, de Luiz Caldas.
O clássico brasileiro da década de 80 chegou com tudo na nova geração através do TikTok, mas não atingiu só brasileiros na nova onda viral: até o público internacional está fazendo coreografias com a música. Até agora, a canção já atingiu mais de 200 mil vídeos como trilha condutora, utilizada nas redes. A influenciadora Vanessa Lopes publicou uma dança com a canção e conseguiu 10 milhões de visualizações com 15 segundos de dança. Números dignos de aplausos!
@vanessalopesr O menino sentadp entendendo nada, meu pai muito fofinho la atrás e a roupa da minha mas abrindo kkk que negocho dificil vei
♬ som original – de td um pouco ??
Músicas atuais também podem (e devem) ser um um foco de atenção daqueles que desejam atrair o público através das redes. O exemplo mais atual, é o último hit de Carnaval composto por Leo Santana, “Zona de Perigo”. Com diversas reproduções no streaming, a composição ainda virou meme, o que ajudou ainda mais no engajamento nas redes.
Um dos primeiros cases com músicas internacionais foi “Dreams” de Fleetwood Mac, hit de 1977 que disparou em plataformas de streaming e voltou às paradas em 2020, após uma postagem do usuário doggface208 no TikTok. O vídeo que caiu nas graças da internet e viralizou, mostra um homem andando de skate descontraidamente, bebendo um suco e curtindo a música num agradável fim de tarde.
@realginarodriguez Happy 1st Anniversary on your viral video that changed the world @420doggface208 thanks for taking us all on the ride! #doggface #doggface208 ♬ original sound – Gina Rodriguez
Esse tipo de conteúdo, seja no TikTok ou em outras redes, abre um espaço propício para marcas conquistarem o público de forma não só natural, mas também divertida. Em um tempo em que as redes sociais predominam na hora de criar uma campanha de comunicação, elementos como esses, que reforçam a conexão com o espectador, se tornam uma mina de ouro a ser explorada e demandam cada vez mais atenção.
“Dreams”, “Haja Amor”, “Zona de Perigo”, e outros hits anteriores ou novos, podem conquistar brasileiros e muitos usuários de outros países, influenciando danças criativas e criando memes divertidos, principalmente, com o mercado musical se tornando cada vez mais forte e imprescindível para criar vínculos com o público nos ambientes online.
As plataformas permitiram um passo além do streaming das canções. Com um canal no YouTube, uma conta no Tik Tok, no Instagram e outras redes sociais, até pessoas comuns podem (re)alavancar a carreira de artistas e também criar novos influenciadores, levando a experiência da indústria musical a um novo patamar rapidamente.
Colocando todos os elementos na equação, é possível perceber um resultado surpreendente: bem longe de uma possível ameaça, as redes sociais se tornaram uma aliada da indústria musical. Agora, cada uma tem um papel e ambas se beneficiam mutuamente disso.
E as marcas podem pegar uma ótima carona nessas (re)ativações populares e espontâneas, basta estarem antenadas e conectadas no principal: Pessoas.
Quer entender um pouco mais sobre como está sendo a relação entre a indústria musical e as redes sociais, e de que forma pode existir uma co-criação que amplifique ainda mais as músicas dentro do segmento de publicidade?
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Créditos da Imagem de Capa: Natthapon Ngamnithi | Vecteezy
