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Eliane Munhoz

Eliane Munhoz, criadora do Blog de Hollywood, trabalhou em estúdios produtores de conteúdo como Sony, Paramount e Warner. Além do Blog, onde você fica sabendo tudo sobre os últimos lançamentos do cinema, séries de TV e streaming, premiações e red carpets, possui um quadro sobre o assunto na Manhã do Ronnie na Rede TV, e apresenta o Markket Cine no Canal Markket.

Para quem já trabalhou com marketing como eu, dá gosto de ver uma estratégia conjunta para o lançamento de ‘Barbie’ e ‘Oppenheimer’, apelidada de “Barbheimer”. A princípio, parecia que seria uma briga, mas aí alguém percebeu que esses dois lançamentos, juntos, eram uma oportunidade de atrair o público de volta aos cinemas, no melhor estilo “Qual você vai ver primeiro?”. Isso se tornou especialmente eficaz porque, com o calor que está fazendo no hemisfério norte, entrar numa sala de cinema com ar condicionado também parece ser uma opção bem atraente. Eu já vi os dois filmes, que estão em cartaz nos cinemas aqui no Brasil. Veja aqui o que achei de cada um deles.

Barbie

Faz muito tempo que venho ouvindo falar de um filme da Barbie. Primeiro com Anne Hathaway, depois com Amy Schumer (!). Mas, o projeto acabou só dando certo com Margot Robbie e a diretora Greta Gerwig. Ao contrário do que muita gente espera, não é um filme para crianças. É uma comédia que tem crítica social, e é destinada a adultos que tenham uma história de carinho com a boneca em seu passado.

Tudo começa em Barbieland. Lá é o mundo mágico das Barbies, onde todas as versões da boneca vivem em completa harmonia, e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas. Porém, uma das bonecas (Margot Robbie) começa a perceber que talvez sua vida não seja tão perfeita assim. Logo, ela resolve sair em busca de respostas no mundo real, ao lado de Ken (Ryan Gosling), que parece cada vez mais fascinado pela vida no novo mundo. Enquanto isso, Barbie tem dificuldades para se ajustar, e precisa enfrentar vários momentos nada coloridos.

O filme mostra uma crítica social sobre a posição da mulher, mas de uma forma bem light. Também critica a Mattel, fabricante da Barbie e coprodutora do filme, as empresas comandadas exclusivamente por homens e o machismo da sociedade. Tudo é levado com doçura, humor e inteligência. O filme também é cheio de referências. Elas vão desde a óbvia de ‘2001 – Uma Odisseia no Espaço’ (o início) até os filmes de Jacques Demy (especialmente ‘Duas Garotas Românticas’). Também tem muito de ‘Grease’, dos musicais de Busby Berkeley e de Gene Kelly. Sim, há momentos musicais (extremamente divertidos) com Ryan Gosling. Aliás, Ryan me surpreendeu muito positivamente neste filme. Está divertido, sem amarras.

Mas, é claro, o filme é de Margot. Ela faz tudo parecer fácil (como sempre, aliás). É a Barbie perfeita, o que rende inclusive uma piada excepcional vinda da narradora, ninguém menos do que Helen Mirren. Margot leva o filme com leveza e charme, o que proporciona uma empatia instantânea com a audiência.

Oppenheimer

O filme é dirigido por Christopher Nolan. Conta a história do inventor da bomba atômica, J. Robert Oppenheimer. Sua base é o livro biográfico vencedor do Prêmio Pulitzer, ‘Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer’, escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin. O filme acompanha a vida do físico teórico da Universidade da Califórnia que se tornou diretor do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan, que tinha a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama se passa em diferentes linhas temporais, acompanhando o início do envolvimento de Oppenheimer com o projeto e também o longo processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Oppenheimer também retrata o que aconteceu após o evento, e como a vida do físico virou de cabeça para baixo.

É óbvio que Christopher Nolan é um grande diretor. Mas, ao contrário de sua obra-prima, ‘Dunkirk’ (disponível na HBO Max), as linhas temporais de ‘Oppenheimer’ são confusas e longas demais. O filme tem três horas de duração. E já aviso que a primeira hora é chatíssima, cheia de detalhes técnicos e “um milhão” de personagens que entram e saem de cena. Nas duas horas seguintes, quando Oppenheimer vai para Los Alamos para começar a construir a bomba, faz o grande teste no deserto (a melhor parte), e a subsequente situação é de caos em sua vida e carreira, as coisas fluem de maneira bem mais eficiente.

Para saber mais sobre filmes e séries, acesse blogdehollywood.com.br.

Eliane Munhoz trabalhou para grandes estúdios produtores de conteúdo, como Sony, Paramount e Warner. Adora escrever sobre tudo o que acontece em Hollywood. Por isso, criou o Blog de Hollywood. Desde os últimos lançamentos do cinema às séries de TV e streaming, está tudo lá. Isso sem esquecer as premiações e os red carpets.

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Adnews

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