A carreira de Renée Zellweger enfrentou alguns altos e baixos. Mas, em 2020 ela conquistou seu segundo Oscar – o primeiro como atriz principal – com uma atuação incrível em Judy (Star Plus). Seu primeiro trabalho pós-Oscar é a série The Thing About Pam. Ela estreou completa com seis episódios no Star Plus esta semana. E eu vi numa sentada só. É mais um triunfo de Renée.
Trata-se de uma história real, por mais incrível que possa parecer. Tudo se passa numa cidade pequena (onde a gente sabe que acontece de tudo). Betsy Faria (Katy Dixon) é uma dona de casa. Um dia, o marido Russ (Glenn Freshler) chega em casa e encontra Betsy morta com várias facada. Quando denuncia o crime, ele se torna um dos principais suspeitos. Só que a última pessoa a ver Betsy viva foi sua melhor amiga Pam Hupp (Renee Zellweger). Pam rapidamente tenta incriminar Russ. Ela insinua a todo o momento que Betsy e ele tinham um relacionamento conturbado e o marido era, muitas vezes, violento. Assim como na série, logo as pessoas perceberam que se tratava de um plano diabólico muito mais complexo do que eles imaginavam.
O que achei de Pam?
A crítica americana odiou tudo, rs. Muita gente reclamou da maquiagem e enchimento que deixaram Renée gorda como a Pam verdadeira. Diziam que deveriam ter contratado uma atriz gorda. Desculpem, mas discordo. Renée é uma atriz ótima, e que se sai muito bem no papel. O que achei muito interessante é o tom da história. Pam é uma grande vilã, mas a atriz optou por um tom de desenho animado. Provavelmente, pelo que se pode ver em algumas cenas da Pam original, a atriz acertou na mosca. Mas, confesso que, com uma história tão trágica, é estranho rir dos trejeitos de Pam.
Desnecessário falar mais de Renée. A gente já sabe que ela é sempre ótima. Mas o filme ainda tem boas participações de Josh Duhamel, como o advogado de defesa, e Judy Greer como a promotora. Glenn Flescher, de Barry e Billions, também está muito bem como o marido de Betsy. A série é ótima, mas confesso que deixa um certo gosto amargo. Por saber que tem tanta gente manipuladora como Pam, e sempre interessada em se dar bem. O mundo precisa de um reboot!
Eliane Munhoz
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