O mercado global de produtos culturais e criativos deve movimentar US$ 800 bilhões até 2033, segundo o relatório Cultural and Creative Products Market, da Verified Market Reports. Com taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 5,5%, o setor abrange áreas como música, literatura, cinema, artesanato, moda, artes cênicas e conteúdo digital, envolvendo profissionais da criação à distribuição.
Acompanhando o aquecimento da indústria, o protagonismo feminino se consolidou como um dos vetores de transformação. Dados da UNESCO mostram que 31% das mulheres já ocupam cargos executivos nas artes, 25% administram sítios do Patrimônio Mundial e 30% integram a força de trabalho na indústria de jogos.
No Brasil, a empresária e produtora cultural Marcela Silva tem se destacado ao impulsionar artistas negros e LGBTQIAPN+, como Melly e Cinara, além de reforçar a presença feminina em áreas técnicas e estratégicas. “A abordagem feminina integra uma análise precisa das necessidades de cada projeto, otimizando a logística e elevando o padrão das performances. Isso explica não só o aumento da qualidade nos eventos, como o avanço global da cultura junto à liderança feminina”, afirma.
Marcela ressalta que funções como managers, roadie, A&R, iluminação, operação de som e vídeo, montagem de palco, direção técnica e cenotecnia têm ganhado força com a atuação de mulheres, criando ambientes mais colaborativos e inclusivos.
O relatório também indica que há uma demanda crescente por experiências culturais personalizadas e únicas, abrindo espaço para novos formatos de atuação. “Falar de diversidade sem transformar o backstage é inviável. A presença feminina e uma cena cultural diversa são fundamentais para criar experiências autênticas e representativas. O próprio mercado exige uma transformação, e estamos prontas para levar a economia criativa para além da previsão de US$ 800 bilhões, com a assinatura feminina em todos os setores da economia”, conclui Marcela.