Precisamos enxergar além das tendências

Nenhuma grande mudança acontece do nada, sem motivos. Nos últimos meses, assistimos a tendências que surgiam lentamente tornarem-se uma realidade muito mais depressa do que poderíamos imaginar. No meio de…

Adnews

28.09.2020

Precisamos enxergar além das tendências
Nenhuma grande mudança acontece do nada, sem motivos. Nos últimos meses, assistimos a tendências que surgiam lentamente tornarem-se uma realidade muito mais depressa do que poderíamos imaginar. No meio de uma crise sem precedentes, e que afeta o mundo inteiro, tivemos que acelerar o passo e nos adaptar ao ritmo e ao contexto impostos pelo cenário atual. O digital, que era futuro, virou imediato, impossível deixar para depois.

Nossas rotinas foram as primeiras a sofrer os impactos, com a transição das atividades nos escritórios para o ‘home office’. Com isso, notamos que comportamentos e hábitos também mudaram radicalmente. Aprendemos a nos exercitar dentro de casa, assistimos à explosão das compras por e-commerce e dos serviços de delivery. Passamos a compartilhar mais refeições com a família inteira à mesa. E agora, nos perguntamos: de todas essas transformações, quais realmente vieram para ficar?

Muito se fala no “novo normal”, mas eu acredito que deveríamos tentar, antes, entender o que vai ser normal de fato ou não. O que mudou e o que permanece. Só então será possível pensar no “novo”.

O que eu observo diariamente, e com base nas últimas pesquisas realizadas pela Ticket, é que a maior parte das pessoas e das empresas já se adaptaram ao trabalho remoto – muitas, inclusive, devem incorporar esse sistema em definitivo. De acordo com último levantamento, 82% das mulheres entrevistadas estão completamente satisfeitas ou muito satisfeitas com o teletrabalho, enquanto entre os homens o índice é de 76%. Pensar sobre a satisfação das pessoas, quando associadas a indicadores de produtividade e desempenho, é um caminho para ajudar empresas e pessoas a decidirem, conjuntamente, sobre novas possibilidades de caminhar..

Outro ponto de reflexão sobre o futuro que considero importante tem relação com um estudo do Google Academy divulgado recentemente, em que fica evidente o quanto os consumidores têm buscado, cada vez mais, soluções digitais que ofereçam entretenimento e mais conforto para a rotina dentro de casa. Com isso, a demanda de pedidos de comida por aplicativos, por exemplo, também se consolida como uma realidade. Na Ticket, desenvolvemos novos jeitos de atender melhor e de maneira mais ampla a essa demanda, conectando beneficiados com estabelecimentos com maior eficiência e capilaridade. E isso não tem mais volta. 

A grande questão é que, além de se adequarem a essas mudanças, entendendo o que deixou de ser tendência e se transformou em realidade duradoura, as empresas também precisam ser ágeis nesses processos. Se tem algo que os últimos cinco meses ensinaram é que inovação deixou de ser um atributo especial para se tornar um ativo essencial na continuação e perenidade dos negócios. Inovação não é mais o laboratório de construção de futuro, é a prancheta de soluções para o agora.

Na 32ª edição do Congresso Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), por exemplo, esse aspecto foi discutido no painel “Como o governo federal atuará na recuperação do setor pós crise”, com participação do Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Alexandre Jorge Da Costa, que sinalizou apoio à digitalização das pequenas e médias empresas no Brasil através de iniciativas conjuntas com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), com o Sebrae e com o Senai. 

Além de tornar os processos internos mais inteligentes de dinâmicos, a digitalização é fundamental no processo de entender o comportamento dos clientes, dos consumidores e dos colaboradores. Mais do que nunca, as interações sociais têm um impacto enorme nos modelos de negócio e, nesse contexto, as tendências refletem as principais necessidades das pessoas e nos permitem pensar à frente, com respostas mais rápidas e eficientes aos desafios do mercado. Afinal, quando falamos em tendência, também falamos em enxergar o outro. E esse é o fio condutor de todo negócio – ou pelo menos deveria ser.

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