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A Folha de São Paulo, apesar de possuir um longo histórico de polêmicas, não conseguiu se desvencilhar de mais um problema nem na comemoração de seus 100 anos.

Desta vez, trata-se do artigo “Racismo de Negros contra Brancos Ganha Força com Identitarismo” de Antonio Risério, antropólogo. A matéria foi publicada no sábado (15) e, desde então, gerou grandes críticas externas e internas da redação.

Folha enfrenta acusação de racismo para aumentar audiência - ADNEWS
Antonio Risério. Imagem: Reprodução/YouTube/Câmara dos Deputados

Nele, Risério explica que não é necessária uma classe ser dominante e possuir poder para praticar o racismo, e de que a ideia do racismo sempre acompanhar um instrumento de opressão é um mito. São citados exemplos de ataques negros contra brancos nos Estados Unidos e como os veículos de mídia não traziam visibilidade para tais questões.

Entretanto, o artigo de Risério foi refutado por pelo menos outros 10 artigos publicados pela Folha. Os leitores e internautas também expressaram descontentamento nas redes.

Para apoiar o autor, diversos artistas elaboraram uma carta com 186 assinantes, que destacam a importância de Risério na antropologia e pedindo a defesa da liberdade de expressão do escritor.

Em contrapartida, os funcionários da Folha questionaram as decisões editoriais do veículo e seus supervisores. Segundos eles, “buscar audiência às expensas da população negra é incompatível com estar a serviço da democracia”.

A Folha afirma ter criado um treinamento exclusivo para negros e a criação do cargo “Editor de Diversidade”, buscando trazer mais voz à essa população.

Em considerações finais, esta não é a primeira vez que a Folha publica artigos polêmicos e adversos. No passado, trouxe versões da direita e da esquerda, mas questões como o enfrentamento do racismo não podem se tornar unilaterais e sim um dever cívico de todos, especialmente daqueles que detém maior privilégio e poder.

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