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Segundo informações da EXAME, certos colaboradores das divisões de vendas e produtos experimentaram o bloqueio de seus acessos aos sistemas do Google e foram notificados de que seriam desligados. Durante a manhã, esses funcionários também receberam a informação de que participariam de uma reunião, seja ela presencial ou virtual, para abordar questões relacionadas a demissões ou realocações de funções.

Os trabalhadores impactados, ao serem entrevistados pela reportagem, descreveram o processo como caótico. Não foram definidos horários precisos para as reuniões de demissão, e os funcionários possuem escassas informações sobre o que de fato ocorrerá com eles, sendo necessário buscar esclarecimentos entre os colegas sobre o futuro na empresa.

“Todos os anos passamos por um processo rigoroso para estruturar nossa equipe para oferecer o melhor serviço aos nossos clientes do serviço de anúncios Ads. Mapeamos os clientes para as equipes especializadas e canais de vendas certos para atender às suas necessidades de serviço. Como parte disso, algumas centenas de funções em todo o mundo estão sendo eliminadas, e os funcionários afetados poderão se candidatar a vagas abertas na equipe ou em outro lugar no Google”, afirmou a empresa em comunicado oficial.

O Google não tem tratado os cortes como um “layoff” generalizado, delegando a escolha do número de demissões para cada área. O enxugamento de operação estaria ligado ao ganho de eficiência escolhido pelo comando de cada time.

Apesar do processo turbulento, muitos já esperavam por essa situação. “A cultura do Google mudou drasticamente no último ano com sua primeira grande rodada de demissões”, relatou um diretor de engenharia com 18 anos de casa, em uma nota divulgada publicamente no X, antigo Twitter.

Funcionários veteranos entendem que as decisões partem da alta direção. Nas levas de desligamentos, equipes como Maps/Geo, shopping, ads e confiança e segurança foram afetadas também. De acordo com a Bloomberg, houve impactos até mesmo em cargos de vice-presidentes e diretores. Spyro Karetsos, ex-diretor de conformidade, é um dos demitidos.

Algumas reestruturações parecem lógicas, como a do grupo de Dispositivos e Serviços, agora com um modelo organizacional funcional. A equipe de AR foi finalmente desativada, dado o interesse menor pela tecnologia, e o grupo de produtos Bard ganhou força em detrimento da organização Assistant, que produzia o antigo assistente de voz da empresa.

Mesmo após a última semana, não há ilusões de que as demissões terminaram. Com mais de 50.000 pessoas no Google Cloud e cerca de 30 mil no grupo de vendas de anúncios, outras reduções podem ocorrer. Globalmente, funcionários também preveem mais saídas durante o ciclo de avaliações de desempenho. O departamento de RH facilitou a atribuição de notas baixas nas avaliações, agilizando demissões. No fim do terceiro trimestre, o Google tinha 182 mil empregados.

 

*Com informações da EXAME
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