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A diversidade em áreas como a Cultura, o Entretenimento, a Beleza e a Publicidade é um fato que está fazendo com que muitos brasileiros, antes invisíveis, passem a ser vistos e a se verem representados. Para fortalecer o acesso desses criadores, que estão dentro das favelas, ao mercado publicitário, o NÓS — Novo Outdoor Social e o Coletivo de Mulheres As Manas se uniram com um objetivo: criar um elo entre esses Creators, as grandes agências de propaganda e todo o mercado empresarial.

O trabalho é feito de forma profissional, selecionando aqueles que tem potencial para criarem conteúdos bem-feitos e com atrativos para terem grande alcance e monetização. Dentro desse espírito, o Novo Outdoor Social já faz a curadoria de quase mil produtores que estão em comunidades e na periferia das grandes cidades. Eles dominam diversos assuntos: música, dança, gastronomia, passando pela culinária vegana, beleza e saúde, apresentando de uma especialista em tranças de cabelo até um motoqueiro que faz manobras radicais.

A CEO do NÓS, Emília Rabello, explica:

“A criatividade, muitas vezes disruptiva, que sai das periferias para as redes sociais ainda é pouco vista pelo mercado publicitário. Nossa parceria servirá como um filtro, observando aquilo que as empresas querem e o que os nossos creators podem oferecer.”

Segundo Daniela Benoit, CEO de As Manas, a Creator Economy já é uma realidade, e nela o conteudista está no centro. O coletivo fará todo o gerenciamento e agenciamento dos novos talentos. Ela diz:

“Será uma venda clássica de publicidade, só que com esse viés dos criadores das favelas. Temos que extrapolar a ideia de que os creators são apenas uma ferramenta para uma marca – na verdade, eles são uma marca. O Brasil é um país de periferias, e isso é ser potência. Mulheres pretas são potências, homens e mulheres trans são potências, as comunidades em geral têm um grande potencial de consumo que está sendo ignorado.”

O Creator deve ser visto para muito além de uma pessoa física que monetiza através de publicações nas redes sociais. “Eles precisam ser enxergados como profissionais que podem entregar muito mais ideias e diversidade para marcas e empresas”, comenta Daniela.

Por exemplo:

· Criador como criativo: creators não fazem parte apenas da divulgação de um produto, mas também da criação e produção.

· Criador como líder: pensar um serviço ou marca a partir de uma equipe de creators inserida em determinado nicho.

· Criador como central de informações do consumidor: creator possui total conhecimento da comunidade e propõe maneiras de se conectar com ela.

· Criador como alavanca de atributos: criatividade e frequência de publicações aumentam a performance de uma marca nas redes sociais.

Daniela e as Manas

As Manas é um coletivo de mulheres executivas que, juntas, acumulam mais de 70 anos de experiência no mercado de publicidade, direito, on-line e off-line, com narrativas de várias perspectivas de negócios, liderança em grandes corporações, agências e multinacionais. Com todo esse know-how, as Manas trabalham na preparação de meninas das periferias para se transformarem em grandes executivas de negócio.

Daniela Benoit tem mais de 20 anos de experiência profissional no mercado da publicidade online/off-line, atuando em grandes agências e, também, em departamentos comerciais de editoras. Ao longo de sua carreira, Dani traz como experiência a liderança em corporações multinacionais tais como Globo, Kwai, Taboola e outras.

Há alguns anos, ela decidiu iniciar uma transição de carreira em busca do propósito de ajudar a criar um ambiente com mais autoestima e pertencimento para pessoas que, como ela, se enxergavam como não aceitas nesse universo corporativo. Principalmente através do empoderamento feminino, de mulheres pretas e grupos minorizados.

Fique ligado aqui no Adnews! Por que pra gente, sair do óbvio, é tão óbvio quanto criar e transformar.