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A guerra dos royalties acaba de atingir novos patamares, com o TikTok anunciando a remoção de mais músicas da plataforma. Em uma disputa contínua com a Universal Music Group (UMG), além de silenciar músicas de artistas vinculados à gravadora, o aplicativo agora estende a ação aos compositores, ameaçando tirar a trilha sonora de vídeos envolvendo artistas renomados, como Harry Styles e Adele.

O TikTok alega que até 30% das “músicas populares” podem ser perdidas, mas estimativas da indústria sugerem que o impacto pode ser ainda maior, chegando a 80% de todas as músicas da plataforma!

A disputa gira em torno dos “direitos autorais divididos”, onde mesmo uma pequena contribuição de um compositor ligado à UMG pode levar ao cancelamento de toda a gravação. Isso não se limita apenas aos artistas da gravadora, mas pode afetar músicas de outras gravadoras, incluindo Sony e Warner, e até centenas de artistas independentes.

O contrato de licenciamento das músicas da Universal com o TikTok expirou em fevereiro, resultando na retirada do catálogo de três milhões de músicas. Agora, com o contrato de publicação do catálogo prestes a encerrar, mais quatro milhões de músicas podem ser retiradas da plataforma.

Quem perde mais?

A UMG acusa o TikTok de “intimidação”, argumentando que o aplicativo deseja pagar apenas uma “fração” da taxa padrão por suas músicas, enquanto o TikTok alega que a Universal está apresentando uma “narrativa e retórica falsa”. No meio da guerra, artistas e compositores temem perder sua presença no aplicativo, onde a música é uma parte crucial do apelo. O TikTok se tornou um trampolim para novos talentos, proporcionando momentos virais, tendências e desafios de dança.

A incerteza paira sobre a continuidade de parcerias entre grandes gravadoras e plataformas de compartilhamento de vídeos. A Universal Music Group afirma que apenas 1% de sua receita total provém do TikTok, apesar da plataforma contar com mais de um bilhão de usuários. O TikTok, conhecido por sua comunidade criativa, enfrenta a desafio de manter seu apelo musical enquanto tenta chegar a um acordo com os titãs da indústria fonográfica. E quem perde mais, com certeza, é o público.

* Com informações da BBC e Exame

 

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