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Após a crescente polêmica que o filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola enfrentou nos últimos dias, o Ministério da Justiça censurou o título realizado em 2017 e o classificou como “apologia à pedofilia” por uma cena onde um homem adulto (Fábio Porchat) pede que dois meninos o masturbem.

A decisão foi tomada pelo ministro Anderson Torres em suas redes sociais com um trecho de um despacho do Diário Oficial da União. Os apoiadores de Bolsonaro afirmam que o filme é prejudicial e normaliza cenas escandalosas.

Torres ainda anunciou que todos os streamings que hospedam o filme devem ser retirados do catálogo o mais breve possível sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Hoje, Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola está presente na Netflix, Amazon Prime Video, Telecine Play, Globoplay, YouTube e Apple TV+.

Oposições

A decisão foi polêmica e dividiu opiniões na internet. Apoiadores do governo declaram a obra como perigosa e criminosa. Já alguns opositores afirmam que a cena trata de uma crítica tirada de contexto, e trazer esta discussão cinco anos depois do lançamento do filme é “cortina de fumaça” para problemas maiores no país. Porchat e Gentilli se defenderam nas redes.

“Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente, o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”, afirmou.

Já Danilo Gentilli disparou: “A cena em questão é exatamente sobre uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem o cara só porque ele é uma autoridade. Então, na verdade, em momento algum o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia”.

Jornalistas como César Tralli afirmaram que a decisão de censura é inconstitucional e acaba ferindo o nono inciso do artigo quinto da Constituição. Até o momento, a decisão de Anderson Torres segue em vigor.

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