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Depois de muitos impasses, a Microsoft, proprietária do Xbox, finalizou a compra da desenvolvedora de jogos de videogame Activision Blizzard, editora de Call of Duty, Diablo e Candy Crush, por US$ 69 bilhões, fechando uma das maiores parcerias tecnológicas da história. A transação foi concluída na última sexta-feira (13).

Foram quase dois anos de burocracias por parte de reguladores dos Estados Unidos e do Reino Unido. A empresa teve diversas ofertas negadas e apresentou uma versão alterada de sua proposta de compra à Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) no final de agosto, recebendo a autorização que faltava para a conclusão do negócio.

A mega aquisição, anunciada em janeiro de 2022, é uma aposta incisiva da Microsoft para se fortalecer no mercado de games e ajudar seu console Xbox na concorrência com o PlayStation, da Sony. Essa compra coloca a gigante americana em terceiro lugar no ranking das maiores empresas de videogame, e vai beneficiar os jogadores e a indústria de jogos em todo o mundo. Em termos de volume de negócios, a Microsoft passa a ficar atrás da Tencent e da Sony, ultrapassando a Apple.

Dessa forma, são esperadas transferências notáveis, como a dos direitos dos jogos online da Activision Blizzard, incluindo os bem-sucedidos Call of Duty e Candy Crush, que serão vendidos para a empresa francesa Ubisoft. A atual cessão também engloba jogos online para PC e consoles da Activision produzidos fora do mercado europeu ao longo dos próximos 15 anos, e impedirá que a Microsoft bloqueie a concorrência no setor quando esse mercado decolar, o que foi motivo de comemoração para a CMA.

Inclusive, um dos bloqueios sofridos pela Microsoft era por parte do órgão regulador dos Estados Unidos, a Federal Trade Commission (FTC), que alegou que o acordo prejudicaria os jogadores e reduziria a concorrência ao dar à Microsoft, fabricante do Xbox, o poder de negar aos rivais o acesso aos jogos da Activision.

A agência reguladora britânica havia dado a autorização provisória no final de setembro, mas também demonstrou preocupações ligadas aos receios de que a Microsoft pudesse evitar ou não aplicar certas disposições do acordo com a Ubisoft. Mas, na semana passada, a CMA garantiu que o compromisso assumido pela empresa americana é suficiente para que este acordo seja aplicado da forma correta.

A Microsoft está pagando em dinheiro pela Activision um preço de US$ 95 por ação, o que significa que Kotick, presidente executivo da Activision, receberá um pagamento de US$ 400 milhões, com o presidente Brian Kelly ganhando US$ 100 milhões, com base nas ações que possui.

Após o término dos 15 anos, a Ubisoft não deterá mais os direitos de jogos em nuvem para o conteúdo da Activision, mas entende-se que o regulador acredita que o intervalo de tempo verá os rivais se estabelecerem para que o mercado de jogos em nuvem seja mais competitivo.

A Microsoft espera que a aquisição aumente a demanda pelo Xbox e permita que a empresa de tecnologia adicione mais títulos ao Xbox Game Pass, serviço onde os membros pagam uma taxa de assinatura para acessar um catálogo de jogos na nuvem, por download ou por streaming.

A Sony se opôs fortemente a este acordo devido a preocupações de que grandes títulos da Activision, como Call of Duty, poderiam se tornar exclusivos do Xbox com o tempo. Atualmente, o console PlayStation é mais vendido que o Xbox, mas como em todas as plataformas de entretenimento, a chave do sucesso é o acesso ao melhor conteúdo.

 

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